Alerta! Este óleo de cozinha popular no Brasil pode estar ligado a câncer agressivo

Um estudo recente publicado na revista Science trouxe à luz preocupações sobre o consumo de óleos vegetais comuns, como o de soja. Pesquisadores da Weill Cornell Medicine, nos Estados Unidos, descobriram uma possível ligação entre o ácido linoleico, presente nesses óleos, e uma forma agressiva de câncer de mama. Essa descoberta inicial levanta questões sobre a dieta moderna e seus efeitos na saúde, mas não deve ser motivo de pânico.

O ácido linoleico é um tipo de gordura que, segundo o estudo, pode ativar uma via de crescimento em células cancerígenas triplo-negativas. Essa forma de câncer de mama é conhecida por sua agressividade e representa uma parcela significativa dos casos diagnosticados. A pesquisa sugere que a ligação do ácido linoleico a uma proteína específica pode desencadear processos que favorecem o crescimento tumoral.

Qual o papel do ácido linoleico no desenvolvimento do câncer?

Nos experimentos realizados, camundongos alimentados com dietas ricas em ácido linoleico apresentaram tumores maiores. Além disso, amostras de sangue de pacientes com câncer de mama triplo-negativo mostraram níveis elevados dessa gordura e da proteína associada, sugerindo uma possível correlação em humanos. No entanto, é importante lembrar que o ácido linoleico é essencial para várias funções corporais, incluindo a saúde da pele e a regulação da inflamação.

A dieta moderna frequentemente apresenta um desequilíbrio entre ácidos graxos ômega-6, como o linoleico, e ômega-3, encontrados em peixes e sementes. Esse desequilíbrio pode levar a inflamações crônicas, que são conhecidas por aumentar o risco de várias doenças, incluindo o câncer.

Alerta! Este óleo de cozinha popular no Brasil pode estar ligado a câncer agressivo
Câncer – Créditos: depositphotos.com / vitanovski

Principais pontos sobre o papel do ácido linoleico no câncer de mama:

  • Estímulo ao crescimento de tumores agressivos: Um estudo recente demonstrou que o ácido linoleico pode estimular o crescimento de células tumorais no câncer de mama triplo negativo. Este subtipo é particularmente desafiador de tratar, pois não responde a terapias hormonais ou tratamentos alvo.
  • Ativação da via mTORC1: A pesquisa indica que o ácido linoleico ativa uma via de crescimento celular crucial chamada mTORC1. Essa ativação ocorre especificamente em células de câncer de mama triplo negativo devido à presença elevada de uma proteína chamada FABP5.
  • Interação com a proteína FABP5: Em tumores triplo negativos, a proteína FABP5 está presente em níveis mais altos. O ácido linoleico se liga a essa proteína, desencadeando uma série de reações bioquímicas que levam à ativação da mTORC1 e, consequentemente, à multiplicação mais rápida das células cancerígenas.
  • Implicações para a dieta: Os resultados sugerem que o consumo excessivo de óleos ricos em ácido linoleico pode favorecer o crescimento desse tipo específico de tumor em indivíduos predispostos.
  • Possível biomarcador e alvo terapêutico: A proteína FABP5 pode se tornar um biomarcador útil para identificar pacientes com maior risco de desenvolver câncer de mama triplo negativo ou para monitorar a progressão da doença. Além disso, a via FABP5-mTORC1 pode ser um alvo para futuras terapias nutricionais ou farmacológicas.
  • Necessidade de moderação: Os pesquisadores enfatizam que o estudo não recomenda a exclusão completa dos óleos de sementes da dieta, pois o ácido linoleico é um ácido graxo essencial. No entanto, sugere-se a moderação no consumo, dando preferência a opções com menor teor de ácido linoleico, como o azeite de oliva.
  • Contexto da dieta: É importante notar que o efeito do ácido linoleico deve ser considerado no contexto geral da dieta e do estilo de vida. Uma dieta equilibrada, com ingestão adequada de outros tipos de gorduras (como ômega-3) e outros nutrientes, continua sendo fundamental para a saúde.

Como ajustar a dieta para reduzir riscos?

Apesar das descobertas, especialistas, como Justin Stebbing, enfatizam que não há necessidade de alarmismo. O estudo oferece uma visão mais clara sobre como as gorduras alimentares podem influenciar o câncer, permitindo abordagens nutricionais mais personalizadas. É recomendado moderar o consumo de óleos ricos em ácido linoleico e optar por alternativas como o azeite de oliva, que possui menos dessa gordura.

Manter uma dieta equilibrada, rica em frutas, vegetais e grãos integrais, continua sendo uma estratégia eficaz na prevenção de doenças. Além disso, o uso moderado de óleos vegetais é considerado seguro, e a obesidade é destacada como um fator de risco mais significativo para o câncer do que o consumo de gorduras específicas.

1. Evite óleos vegetais ricos em ácido linoleico:

  • Óleo de girassol: Possui um dos mais altos teores de ácido linoleico.
  • Óleo de cártamo: Também muito rico em ácido linoleico.
  • Óleo de milho: Contém uma quantidade significativa.
  • Óleo de soja: Amplamente utilizado em alimentos processados.
  • Óleo de algodão: Outro óleo com alto teor.
  • Óleo de gergelim: Possui uma quantidade considerável.
  • Óleo de amendoim: Também contribui para a ingestão.

2. Modere o consumo de outras fontes:

  • Nozes e sementes: Embora saudáveis em moderação, algumas como nozes, sementes de girassol, sementes de abóbora e amêndoas contêm quantidades notáveis de ácido linoleico.
  • Gordura de aves: Frangos alimentados com grãos podem ter mais ácido linoleico na sua gordura.
  • Ovos: A gema contém ácido linoleico, especialmente se as galinhas forem alimentadas com rações ricas nesse ácido.

3. Priorize gorduras com menor teor de ácido linoleico:

  • Azeite de oliva: Especialmente o extra virgem.
  • Óleo de coco: Rico em gorduras saturadas e com baixo teor de linoleico.
  • Manteiga e ghee: Principalmente de animais alimentados a pasto.
  • Gordura de animais alimentados a pasto: Tende a ter um perfil de gordura mais equilibrado.
  • Óleo de abacate: Possui baixo teor de ácido linoleico.
  • Óleo de macadâmia: Também com baixo teor.

Quais os próximos passos da pesquisa?

Embora a pesquisa atual destaque uma ligação potencial entre o ácido linoleico e o câncer de mama triplo-negativo, é apenas uma parte de um cenário mais amplo. Outros fatores, como genética e exposições ambientais, também desempenham papéis cruciais no desenvolvimento do câncer. Portanto, é essencial considerar todas as informações disponíveis e adotar uma abordagem equilibrada em relação à dieta e ao estilo de vida.

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