Nova lei faz donos de cartões de crédito comemorarem; entenda as mudanças

Em um esforço para mitigar os impactos das altas taxas de juros sobre os consumidores, uma nova legislação foi implementada no Brasil. Desde janeiro de 2023, a Lei Federal n° 14.690/23, sancionada pelo presidente Lula, estabelece limites rigorosos para os juros do crédito rotativo de cartões de crédito. Essa medida visa impedir que as dívidas ultrapassem o dobro do débito original, proporcionando um alívio financeiro significativo para muitos brasileiros.

Com a aprovação pelo Senado em outubro de 2023, a nova lei surge como uma resposta às exorbitantes taxas de juros do crédito rotativo, que chegaram a 431,6% ao ano. A legislação busca reduzir o impacto financeiro sobre os consumidores, especialmente aposentados e trabalhadores, que enfrentam dificuldades para manter suas contas em dia.

Como funciona a limitação dos juros?

A principal mudança introduzida pela nova legislação é a restrição dos juros e encargos do crédito rotativo. De acordo com a lei, se um cliente possui uma dívida de R$100, o total pago, incluindo juros e encargos, não poderá exceder R$200. Essa limitação visa evitar que as dívidas se tornem impagáveis, oferecendo aos consumidores uma chance de recuperar o controle sobre suas finanças.

Além disso, a medida inclui a possibilidade de portabilidade gratuita do saldo devedor entre instituições financeiras. A partir de 1º de julho de 2024, os consumidores puderam transferir suas dívidas para instituições que ofereçam condições mais favoráveis, como taxas de juros mais baixas ou prazos de pagamento mais flexíveis.

Nova lei faz donos de cartões de crédito comemorarem; entenda as mudanças
Cartão de crédito – Créditos: depositphotos.com / AlexLipa

Como funciona essa limitação:

  • Crédito Rotativo e Parcelamento: A regra se aplica quando o cliente não paga o valor total da fatura do cartão de crédito e entra no crédito rotativo ou parcela o saldo devedor.
  • Teto de 100%: Os juros e encargos cobrados sobre o valor não pago não poderão exceder 100% desse valor original. Em outras palavras, o valor total a ser pago pelo consumidor, incluindo juros e encargos, não poderá ser mais que o dobro da dívida inicial.
  • Exemplo: Se uma pessoa tem uma dívida de R$ 100 no rotativo do cartão de crédito, mesmo que demore para pagar e as taxas de juros sejam altas, o valor total que ela pagará (incluindo os R$ 100 originais) não poderá ultrapassar R$ 200.

Objetivo da Limitação:

O objetivo principal dessa medida é evitar o superendividamento dos consumidores, causado pelas altas taxas de juros praticadas no crédito rotativo do cartão de crédito, que historicamente estavam entre as mais elevadas do mercado.

Quais são os benefícios para os consumidores?

A nova legislação traz diversos benefícios para os consumidores brasileiros. Em primeiro lugar, ao limitar os juros do crédito rotativo, a lei ajuda a evitar que as dívidas cresçam de forma descontrolada. Isso é especialmente importante em um cenário econômico desafiador, onde muitos enfrentam dificuldades financeiras.

Além disso, a possibilidade de portabilidade do saldo devedor oferece aos consumidores a oportunidade de buscar melhores condições de pagamento. Isso pode resultar em uma redução significativa dos custos totais da dívida, permitindo que os consumidores economizem dinheiro e gerenciem suas finanças de forma mais eficaz.

Qual o impacto da nova lei no cenário econômico?

A implementação da Lei Federal n° 14.690/23 representa um avanço significativo no cenário econômico brasileiro. Ao limitar os juros do crédito rotativo, a legislação busca proteger os consumidores de práticas abusivas e garantir que as dívidas sejam gerenciáveis. Isso pode ter um efeito positivo na economia como um todo, pois consumidores menos endividados têm maior capacidade de consumo e investimento.

Além disso, a medida pode incentivar as instituições financeiras a oferecerem condições mais competitivas, promovendo um ambiente de maior concorrência no setor de crédito. Isso pode resultar em uma redução geral das taxas de juros, beneficiando ainda mais os consumidores.

Com a nova legislação em vigor, o futuro do crédito rotativo no Brasil parece mais promissor para os consumidores. A limitação dos juros e a possibilidade de portabilidade do saldo devedor são passos importantes para garantir que o crédito seja uma ferramenta útil e acessível, em vez de uma armadilha financeira.

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