Banco Central decreta falência de dois bancos e preocupa o país

O recente fechamento da BRK Financeira e da PortoCred movimentou o mercado financeiro brasileiro e trouxe à tona questionamentos sobre a segurança dos depósitos e investimentos em instituições do país. O anúncio feito pelo Banco Central em 2024, envolvendo essas duas empresas, serviu de alerta para investidores e poupadores sobre a importância de conhecer os mecanismos de proteção disponíveis no sistema bancário.

Esses acontecimentos geraram uma onda de dúvidas entre clientes, especialmente sobre como recuperar valores aplicados e quais produtos realmente contam com algum tipo de garantia. Em meio a esse cenário, o Fundo Garantidor de Crédito passou a ser um dos temas mais discutidos, já que representa uma das principais barreiras contra perdas financeiras em casos de falência bancária.

Como o Fundo Garantidor de Crédito funciona?

O Fundo Garantidor de Crédito, conhecido pela sigla FGC, é uma entidade privada sem fins lucrativos criada para proteger parte dos recursos de clientes em caso de problemas graves com bancos ou financeiras. Ele oferece cobertura para depósitos e aplicações em produtos como contas correntes, poupança, CDB, LCI e LCA, entre outros, desde que a instituição seja associada ao fundo.

O valor máximo garantido pelo FGC, em 2025, é de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ, por instituição financeira. Ou seja, se um investidor tiver valores superiores a esse limite em um mesmo banco, o excedente não será coberto. Para ampliar a proteção, muitos especialistas recomendam dividir os investimentos entre diferentes instituições.

Quais são os passos do FGC em caso de liquidação de uma instituição?

Quando uma instituição financeira é liquidada, o FGC segue um procedimento específico para garantir que os clientes recebam o valor protegido. O processo ocorre em etapas:

  1. O Banco Central decreta a liquidação da instituição.
  2. O FGC é informado e inicia a identificação dos clientes com valores elegíveis à cobertura.
  3. Os clientes recebem orientações sobre como solicitar o ressarcimento.
  4. O pagamento é realizado, respeitando o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ.

Esse processo visa evitar um efeito dominó no sistema financeiro, mantendo a confiança dos investidores e poupadores.

Banco Central - Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb
Banco Central – Créditos: depositphotos.com / rmcarvalhobsb

O que não está coberto pelo FGC?

Apesar de ser um importante mecanismo de proteção, o FGC não cobre todos os tipos de investimentos. Produtos como ações, cotas de fundos de investimento, debêntures e títulos públicos não fazem parte da lista de aplicações garantidas. O fundo se limita a produtos bancários de renda fixa, o que reforça a necessidade de o investidor conhecer bem as regras antes de aplicar seu dinheiro.

  • Depósitos à vista e em poupança
  • CDB (Certificado de Depósito Bancário)
  • LCI (Letra de Crédito Imobiliário)
  • LCA (Letra de Crédito do Agronegócio)

É fundamental verificar se a instituição é participante do FGC e se o produto escolhido está na lista de aplicações cobertas.

Como os investidores podem se proteger diante de crises bancárias?

Para reduzir riscos, algumas estratégias podem ser adotadas. Diversificar aplicações entre diferentes bancos e respeitar o limite de garantia do FGC são práticas recomendadas. Além disso, acompanhar a saúde financeira das instituições e buscar informações em fontes oficiais, como o Banco Central, pode ajudar a antecipar problemas.

  • Diversificação: Espalhar recursos entre várias instituições financeiras.
  • Monitoramento: Ficar atento a notícias e indicadores do setor bancário.
  • Consulta prévia: Certificar-se de que o produto e a instituição são cobertos pelo FGC.

Essas medidas contribuem para maior segurança do patrimônio, especialmente em períodos de instabilidade no mercado financeiro.

Quais os impactos das falências para o sistema financeiro?

O fechamento da BRK Financeira e da PortoCred provocou reflexos em todo o setor, reforçando a necessidade de fiscalização rigorosa e transparência nas operações bancárias. O fortalecimento de mecanismos como o FGC e a adoção de práticas de governança mais rígidas são caminhos para manter a confiança dos investidores e garantir a estabilidade do sistema financeiro brasileiro.

Manter-se informado e adotar estratégias de proteção são atitudes essenciais para quem deseja investir com mais segurança, especialmente em um cenário de mudanças e desafios constantes no mercado financeiro nacional.

Confira também: Sua aposentadoria: entenda tudo sobre a Previdência Social (INSS)

O post Banco Central decreta falência de dois bancos e preocupa o país apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.