Em um cenário onde golpes virtuais se tornam cada vez mais comuns, um programador encontrou uma maneira inovadora de se proteger e, ao mesmo tempo, expor os golpistas. Após ser ameaçado por um criminoso que alegava ser de uma facção criminosa, o programador decidiu criar um site que pudesse revelar a localização de quem o acessasse. Essa abordagem permitiu que ele identificasse que o golpista estava em uma penitenciária no Rio Grande do Sul, a mais de 1.000 km de distância.
O método utilizado envolvia o envio de um link disfarçado de comprovante de pagamento. Quando o golpista clicava no link, ele inadvertidamente concedia acesso à sua localização. Essa informação foi então enviada de volta ao programador, permitindo que ele confirmasse a origem das ameaças. Essa descoberta trouxe à tona a realidade de que muitos golpes realmente são orquestrados de dentro de prisões.
Como o programador conseguiu pegar o golpista?
A ferramenta desenvolvida pelo programador funciona de maneira relativamente simples, mas eficaz. Ao acessar o link enviado, o navegador do golpista solicita permissão para acessar a localização do dispositivo. Uma vez concedida, essa informação é enviada de volta ao criador do site. Essa técnica, embora engenhosa, levanta questões sobre privacidade e segurança, especialmente se utilizada para fins não éticos.
O código da ferramenta foi disponibilizado no GitHub, uma plataforma popular entre desenvolvedores, mas não está acessível ao público em geral. Isso se deve ao potencial de uso indevido, como rastreamento de indivíduos sem o seu consentimento. A ferramenta, no entanto, não é ilegal em seu formato atual, pois é utilizada como uma forma de autodefesa contra fraudes.

Que tipo de tecnologia o programador usou?
Embora a ferramenta não seja ilegal, sua utilização em larga escala ou para fins comerciais poderia violar a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A LGPD regula o tratamento de dados pessoais e exige que haja uma base legal adequada para o seu uso. No caso da ferramenta, o consentimento é obtido de forma implícita, o que pode não ser suficiente para proteger os direitos dos indivíduos.
Especialistas em privacidade alertam que, se a ferramenta fosse comercializada, poderia ser usada de maneira abusiva, como por maridos controladores ou stalkers. Isso representaria um risco significativo para os direitos fundamentais das pessoas, destacando a necessidade de regulamentação e supervisão rigorosa em relação ao uso de tecnologias de rastreamento.
Dá para rastrear golpistas pelo WhatsApp?
Para que a ferramenta se torne um aplicativo disponível ao público, seria necessário implementar uma infraestrutura robusta de servidores e garantir conformidade com as políticas de privacidade das lojas de aplicativos. No entanto, a possibilidade de uso indevido continua sendo uma preocupação significativa. A ferramenta, como está, serve como um exemplo de como a tecnologia pode ser usada para autodefesa, mas também ressalta a importância de um debate contínuo sobre ética e privacidade no mundo digital.
O programador optou por não registrar um boletim de ocorrência, mas a repercussão de sua história nas redes sociais mostrou que muitos outros já foram vítimas de golpes semelhantes. Isso sugere uma demanda crescente por soluções que possam ajudar a proteger indivíduos contra fraudes, ao mesmo tempo em que respeitam os direitos de privacidade de todos os envolvidos.
O post Golpista tenta roubar programador, que usa tecnologia para desmascarar o criminoso apareceu primeiro em Terra Brasil Notícias.