
Sidiney de Oliveira Silva foi morto aos 44 anos, em Formoso do Araguaia. Caso é investigado pela Polícia Civil há quase um ano e ninguém foi preso. Irmã de brigadista assassinado entregou documentos do caso para ministro Dias Toffoli
Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
A família do brigadista Sidiney de Oliveira Silva, morto aos 44 anos, entregou ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido para que o caso seja federalizado. O assassinato é investigado pela Polícia Civil há quase um ano e ninguém foi preso.
“A gente pediu justiça, que a justiça seja feita. Eu entreguei para ele um ofício e cópias do pedido de federalização que foi feito pelo Ibama. A única coisa que a gente quer é que a justiça seja feita”, disse Cleide Oliveira, irmã de Sidiney.
📱 Participe do canal do g1 TO no WhatsApp e receba as notícias no celular.
Dias Toffoli esteve na região da Ilha do Bananal participando da abertura da 1ª Edição da Semana Nacional de Saúde, que vai ofertar diversos atendimentos médicos para indígenas da Ilha do Bananal. A ação é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do Fórum Nacional do Judiciário para a Saúde (Fonajus).
O encontro com a família do brigadista aconteceu nesta segunda-feira (7). Toffoli informou aos parentes de Sidiney que pretende repassar as informações para a Procuradoria Geral da República (PGE).
LEIA MAIS
Associação de servidores do Ibama pede federalização da investigação sobre assassinato de brigadista
Brigadista que combatia queimadas na Ilha do Bananal é assassinado na porta de casa
O que se sabe sobre assassinato de brigadista do Ibama morto a tiros na porta de casa no Tocantins
Serviços de saúde e cidadania são oferecidos para indígenas da Ilha do Bananal
Sidiney de Oliveira Silva foi baleado com dois tiros na porta de casa, em Formoso do Araguaia. Casado e pai de três filhos, ele era ambientalista e brigadista experiente contratado do programa Pevfogo, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Ele atuava no combate a incêndios florestais, em defesa da região da Ilha do Bananal e dentro dos territórios indígenas do Parque Nacional do Araguaia.
A Polícia Civil chegou a montar uma força-tarefa para investigar o caso, mas quase um ano depois ninguém foi preso. A Secretaria de Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO) afirma que o caso segue sendo investigado e está empreendendo todos os esforços para elucidação (veja a nota completa abaixo).
Em julho de 2024, a Associação de Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) do Tocantins chegou a pedir a federalização do caso junto ao Ministério da Justiça. O g1 questionou o ministério sobre o pedido de federalização e aguarda posicionamento.
Relembre o crime
Sidney Silva foi morto a tiros na porta de casa em Formoso do Araguaia
Arquivo Pessoal
No dia do crime, Sidiney de Oliveira foi encontrado pela irmã. Ela disse ouviu duas ”explosões” e ao chegar à porta viu um homem caído perto do portão.
De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a investigação apontou que a arma utilizada foi uma espingarda cartucheira. Os tiros foram disparados de uma casa abandonada que fica na frente ao local que o brigadista estava.
Um vizinho relatou à polícia que antes de amanhecer, viu uma motocicleta parada na esquina. Nela estava um homem de jaqueta e capacete observando o local.
Íntegra da nota da Secretaria de Segurança Pública
A Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP/TO) informa que a investigação em relação à morte do brigadista Sidiney de Oliveira Silva segue sendo realizada pela força-tarefa composta pela 84ª DP Formoso do Araguaia pela 3ª DHPP-Gurupi. Estão sendo realizadas diversas diligências e representações, bem como já foram ouvidas possíveis testemunhas dos fatos. A SSP ressalta que todos os esforços estão sendo empreendidos para a completa elucidação do caso. Mais informações serão divulgadas em tempo oportuno.
Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.