O que é o Tríduo Pascal, celebrado pela Igreja Católica a partir desta quinta-feira


O g1 ouviu padres que explicaram toda a celebração realizada pela Igreja Católica e que antecede a Páscoa. Imagem de arquivo – Fieis se reúnem em Santuário Nacional para missa de Páscoa
Pedro Melo/TV Vanguarda
Na semana em que os cristãos relembram a Paixão, morte e ressureição de Jesus, o Tríduo Pascal, celebrado a partir desta quinta-feira (17), é a celebração mais importante da Igreja Católica.
O Tríduo consiste basicamente na preparação para a Páscoa, que simboliza a ressureição de Jesus três dias após a morte, segundo o cristianismo.
“O Tríduo Pascal é o ápice de toda a Semana Santa. É a celebração do mistério pascal de Cristo: a paixão, morte e ressureição. É como que o coração de todo esse tempo celebrativo, porque é também a centralidade da fé cristã. A Igreja só existe porque acredita que Jesus ressuscitou, acredita na sua Páscoa”, explicou o padre Jaime Lemes, de Taubaté (SP).
O padre Kléber Silva acrescentou que essa celebração resume o ministério de Jesus e sua entrega à humanidade.
“O Tríduo Pascal manifesta essa caminhada de Cristo, que passa pela ceia, instituindo o mandamento novo do amor a Deus, o amor ao próximo, instituindo o sacerdócio, instituindo a eucaristia e depois passando pela cruz a onde vai ser justamente a expressão do seu amor, da sua entrega total para que a humanidade possa ser redimida”, disse.
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O Tríduo tem início na quinta-feira, com a celebração da Santa Ceia, além do rito do lava-pés. O objetivo da Igreja é recordar a última ceia e o gesto de Jesus ensinando seus discípulos.
Na sexta-feira é celebrado o dia de Paixão e Morte de Jesus, sendo que a Igreja fica em vigília até às 15h.
“Faz-se a trasladação do Santíssimo, que é a transferência das reservas eucarísticas que ficam no sacrário para um outro lugar. O sacrário fica aberto para mostrar o esvaziamento, o altar desnudo, se tira a toalha do altar, as flores, velas, e fica tudo desnudo para dar esse sentido do vazio que acontece com a morte de Jesus”, continuou Jaime.
Imagem de arquivo – Missa de Páscoa em Aparecida
Mateus Andrade/Santuário Nacional
Ainda na sexta, às 15h, é celebrada solenemente a Paixão e a Morte de Jesus. A solenidade é iniciada com um silêncio, sendo que o momento principal é a proclamação da Paixão e do evangelho.
“Depois na sexta-feira com o gesto, a ação litúrgica da paixão do Senhor e a adoração da cruz e, depois no sábado santo, a mãe de todas as celebrações, a vigília pascal, contemplando o mistério da ressurreição do Senhor”, disse Kléber.
“Naturalmente que esse dia é um dia de muita alegria, porque exatamente se celebra a ressureição de Jesus. Se durante toda a quaresma não se tocou o sino, não se cantou aleluia e nem o hino de louvor, essa celebração é marcada pelo hino de louvor, pelo canto de aleluia e pelo toque dos sinos, manifestando a alegria de toda a Igreja por celebrar Jesus ressuscitado, celebrar a sua Páscoa”, finalizou o padre Jaime.
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