CNU: MGI divulga novas informações para realização da segunda edição do certame

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) anunciou, nesta segunda-feira (31/3), alguns ajustes que serão implementados na segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU). A principal mudança, segundo a pasta, será a substituição do sistema de “bolinhas” para o preenchimento dos cartões de resposta por um código de barras que identifica o candidato. No novo sistema, cada caderno de questões virá com um código único, que identificará o candidato sem revelar seus dados pessoais aos corretores. 

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De acordo com a ministra Esther Dweck, alguns candidatos tiveram problemas com as bolinhas de identificação na primeira edição. Com o código de barras, segundo ela, cada prova será vinculada automaticamente ao candidato, sem risco de confusão. As novas regras serão detalhadas no edital único do CPNU 2, que deverá ser divulgado em breve, conforme sinalizou Dweck. 

Segundo o MGI, o Termo de Referência para a escolha da banca deve ser lançado este mês de abril, sendo que as provas estão previstas para o segundo semestre. A homologação dos resultados do novo certame deve ocorrer até junho de 2026.

De acordo com a ministra Dweck, não haverá CNU em 2026 em razão do calendário eleitoral. A ministra também reforçou que a ideia é tornar os concursos mais frequentes. A decisão de não realização do certame em 2026 segue a legislação eleitoral, que impõe restrições a concursos públicos durante o processo eleitoral para evitar interferências políticas.

“Nosso foco agora é fazer uma boa edição em 2025 para que os aprovados possam tomar posse ainda no próximo ano”, informou a ministra, em nota do MGI. Por fim, Dweck destacou que a interrupção do CNU em 2026 não significa o fim da iniciativa, mas apenas uma adequação ao calendário eleitoral. “O CPNU é uma política que veio para ficar, mas temos que respeitar as regras do processo democrático”, concluiu.

Segundo as informações da pasta, o edital do CNU também será unificado para todos os blocos temáticos, diferentemente da primeira versão, que teve oito documentos separados. Outro ajuste está relacionado às carreiras, que serão diferentes das anteriores e contarão com a inclusão de duas novas carreiras transversais: Analista Técnico de Justiça e Defesa e Analista Técnico de Desenvolvimento Socioeconômico.

O ministério ainda informou que está prevista uma campanha específica voltada às candidatas, com divulgação de histórias de servidoras bem-sucedidas. A campanha se deve à baixa representatividade de mulheres entre as pessoas aprovadas. Entre os inscritos, 52% eram mulheres, porém só 41% das pessoas aprovadas são do sexo feminino. Esse percentual fica em 8% em áreas como Tecnologia da Informação.

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Para a ministra Dweck, esses números trazem preocupação. “Quando analisamos os blocos separadamente, vemos uma distorção alarmante. Enquanto nas carreiras sociais e educacionais as mulheres são 60% dos aprovados, em TI esse número despenca. Isso reflete um problema estrutural que começa nas escolhas profissionais e se perpetua nos concursos”, disse.

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