Advogado diz que Bolsonaro decidiu não ir ao STF no segundo dia

A Primeira Turma do STF retoma nesta quarta-feira (26) o julgamento que vai decidir se Bolsonaro e aliados se tornam réus por tentativa de golpe de Estado. Será a terceira sessão sobre o tema. O julgamento começou com duas sessões na terça-feira (25), com apresentação de argumentos e análise de questões processuais. No primeiro dia do julgamento sobre denúncia de golpe de Estado, PGR diz que Bolsonaro era o chefe da organização
Jair Bolsonaro não vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (26) para acompanhar o segundo dia do julgamento que pode torná-lo réu por golpe de Estado, segundo o advogado do ex-presidente.
Até a noite desta terça-feira (25), dia em que aconteceram as duas primeiras sessões do julgamento, a informação era a de que o presidente estaria no STF durante a votação dos ministros da Primeira Turma.
Nos bastidores, avaliação é a de que o efeito surpresa já ficou por conta de ontem (25). E que o recado foi dado: de que não pretende fugir e quer enfrentar as acusações.
Nesta quarta, a Primeira Turma decidirá se Bolsonaro e outros sete aliados viram réus por tentativa de golpe de Estado. A sessão está marcada para as 9h30.
Fazem parte da Primeira Turma do STF os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia.
O que deve acontecer nesta quarta (26)
O relator, Alexandre de Moraes, deve apresentar seu voto no mérito, ou seja, sobre o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para iniciar uma ação penal no tribunal.
Na sequência, devem ser apresentados os votos dos demais ministros da 1ª Turma, na seguinte ordem: Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.
O colegiado vai decidir se o caso deve prosseguir e se transformar em uma ação penal.
Se isso ocorrer, os envolvidos se tornam réus e vão responder a um processo penal na Corte.
Como foi o primeiro dia
Moraes leu o documento que lista as condutas de Bolsonaro e dos demais acusados e falou em ataques sucessivos à democracia.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou seus argumentos e citou a conduta de Bolsonaro na disseminação de ataques às urnas.
As defesas dos sete acusados e de Bolsonaro apresentaram seus argumentos (leia aqui um resumo).
Os ministros rejeitaram as chamadas questões preliminares, questionamentos apresentados pelos advogados.
Fux foi o único a divergir dos colegas. Ele entendeu que a denúncia do golpe deveria ser julgada no plenário do Supremo.
Esta reportagem está em atualização.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.