Nos últimos anos, o cenário automotivo brasileiro tem experimentado mudanças marcantes, especialmente com o avanço dos veículos elétricos. Entre março de 2024 e março de 2025, alguns automóveis chamaram atenção devido à expressiva desvalorização, impactando diretamente os proprietários e interessados em revenda. O Renault Kwid E-Tech, versão elétrica do compacto popular, tornou-se símbolo desse fenômeno ao apresentar a maior queda de valor no período.
O Kwid E-Tech, comercializado em 2024 por cerca de R$ 126 mil, chegou a valer pouco mais de R$ 77 mil em 2025. Essa redução de quase 40% no preço de mercado reflete não apenas a chegada de novos concorrentes, mas também uma mudança no perfil de consumo e nas expectativas dos compradores em relação à tecnologia e ao custo-benefício dos veículos elétricos.
Por que o Renault Kwid E-Tech teve a maior desvalorização?
O principal fator para a desvalorização do Renault Kwid E-Tech está relacionado à intensificação da concorrência no segmento de carros elétricos. O mercado brasileiro recebeu novos modelos, especialmente de marcas como BYD e GWM, que passaram a oferecer veículos mais modernos, equipados e com preços competitivos. Com isso, o Kwid E-Tech perdeu parte de seu apelo inicial, tornando-se menos atrativo para quem busca tecnologia de ponta e conforto.
Além disso, a redução do preço do modelo zero quilômetro para cerca de R$ 99 mil em 2025, embora tenha tornado o Kwid E-Tech o elétrico mais acessível do país, também contribuiu para a queda no valor de revenda. A percepção de custo-benefício dos consumidores mudou, e muitos passaram a considerar opções que entregam mais recursos, mesmo que custem um pouco mais.

Quais modelos mais perderam valor entre 2024 e 2025?
Além do Renault Kwid E-Tech, outros veículos também enfrentaram desvalorizações relevantes no mesmo período. Entre os destaques estão:
- BMW iX1: desvalorização de 14,72%, com perda de aproximadamente R$ 57 mil.
- Honda ZR-V: queda de 14,69%, representando cerca de R$ 30 mil a menos no valor de mercado.
- Nissan Sentra: redução de 14,10%, equivalente a quase R$ 24 mil.
- BMW X4: diminuição de 12,48%, com perda superior a R$ 59 mil.
- Honda Accord: desvalorização de 11,94%, cerca de R$ 37 mil.
- Chevrolet S10 Cabine Simples: queda de 9,39%, com redução de R$ 20 mil.
- BYD Seal: perda de 9,37%, equivalente a R$ 27 mil.
- Hyundai HB20S: desvalorização de 8,43%, cerca de R$ 8 mil.
Esses números evidenciam uma tendência: veículos que não acompanham rapidamente as inovações tecnológicas e as mudanças nas preferências dos consumidores tendem a perder valor mais rapidamente.
Como evitar grandes perdas com a desvalorização de carros?
Ao considerar a compra de um automóvel, especialmente elétrico, alguns cuidados podem ajudar a minimizar os efeitos da desvalorização. Entre as principais recomendações estão:
- Pesquisar o histórico do modelo: veículos com boa reputação em durabilidade e baixo custo de manutenção costumam manter melhor o valor de mercado.
- Acompanhar as tendências: optar por modelos que recebem atualizações frequentes e trazem recursos modernos pode ser uma escolha mais segura.
- Manter o veículo em boas condições: revisões regulares e cuidados estéticos contribuem para preservar o valor de revenda.
- Observar o ritmo de lançamentos: em mercados com muitas novidades, como o de elétricos, a chegada de novos modelos pode impactar diretamente os preços dos usados.
O mercado automotivo segue em transformação, impulsionado pela inovação e pela busca por alternativas mais sustentáveis. A valorização ou desvalorização de um veículo depende de múltiplos fatores, incluindo tecnologia, concorrência e percepção de valor pelo consumidor. Para quem pensa em investir em um carro novo, especialmente elétrico, a informação e o acompanhamento das tendências são aliados importantes para evitar surpresas negativas no futuro.
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