Ebserh e hospitais do Proadi-SUS vão apoiar formação de especialistas

Os sete hospitais do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS) e a rede de hospitais universitários da Ebserh serão responsáveis pela formação de profissionais no programa Agora Tem Especialistas. O anúncio foi feito na última terça-feira (10/6) em coletiva de imprensa convocada pelo Ministério da Saúde para detalhar as ações de provimento no escopo do programa.

As unidades devem funcionar como polos formadores e dar suporte técnico, imersões presenciais, mentoria e acompanhamento pedagógico aos programas de formação de especialistas que se interessarem por aderir aos editais do governo. Para isso, está previsto o lançamento de um edital a partir de setembro, seguindo o cronograma da Comissão Nacional de Residência Médica.

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O governo prevê a oferta de 3 mil bolsas de residência, com prioridade para os estados da Amazônia Legal e da região Nordeste. Poderão aderir entidades que queiram abrir novos programas de residência nestes locais ou que ampliem as vagas para a formação especializada nos estados das regiões prioritárias.

Há a previsão também de formação de 3 mil preceptores de residência. Neste caso, o foco é em anestesiologia, patologia e radioterapia. O incentivo previsto pelo ministério é de R$ 200 mil em repasses para as Comissões Estaduais de Residência Médica.

Presente na cerimônia, o secretário-executivo do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Jurandi Frutuoso, pediu ao ministério que pense em iniciativas semelhantes para provimento de especialistas em outras áreas da saúde. “Não só a área médica está carente de especialistas”, disse.

Qualificação

Em outra frente, o ministério prevê a qualificação de 500 profissionais ainda neste ano, que devem ser alocados em regiões prioritárias conforme adesão dos municípios a partir de julho. Neste caso, a prioridade será para locais que tenham serviço especializado, mas necessitem de profissionais para reduzir o tempo de espera. Estas vagas serão disponibilizadas para especialistas já formados.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o governo optou por residências considerando que este é o padrão ouro para o provimento de profissionais. “A residência, não só é a melhor forma de qualificar e formar o especialista, mas é a melhor forma de garantir a fixação do profissional nas regiões”, declarou.
Do total de R$ 260 milhões em recursos para a iniciativa de provimento anunciados no lançamento do programa, em 30 de maio, a maior parte dos será para o financiamento das bolsas.

Notícias falsas

Padilha também usou a cerimônia para dizer que não serão formados especialistas em seis meses. Segundo o ministro, o governo está pronto para “tomar todas as medidas judiciais cabíveis” contra quem compartilhar esse tipo de informação.

Para Padilha, essas informações erradas podem atrapalhar a adesão dos médicos ao programa do Ministério da Saúde. Ele argumentou que a pasta tem respaldo da parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) e com as sociedades médicas para a formatação dos programas de provimento.

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