Proposta que cria calendário para pagamento de emendas gera insatisfação no governo e no Congresso

A proposta de criar um calendário para o pagamento de emendas não agradou nem a gregos nem a troianos. A ideia gerou insatisfação entre o governo e líderes de partidos do Centrão.
A avaliação é de que a liberação paulatina das emendas empodera o governo e os líderes. O governo porque consegue usar os valores como instrumento de convencimento para votações importantes. Já os líderes porque eles são os responsáveis por negociar com o Planalto verbas para suas bancadas.
O relator do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, deputado Danilo Forte (União-CE), criou, no parecer, um instrumento que obriga o empenho — ou seja, a liberação — de emendas impositivas no primeiro semestre (leia mais aqui).
Relator da Lei de Diretrizes Orçamentárias apresentou regras gerais para as contas da União em 2024
A decisão de criar um cronograma ajuda apenas o baixo clero, que fica dependente das votações e dos líderes para conseguir a liberação dos valores.
As lideranças querem derrubar esse trecho ainda na votação do relatório na Comissão Mista de Orçamento, ou quando o texto for ao plenário do Congresso. Difícil será conseguir convencer os correligionários de que devem lhes garantir mais poder…
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