O ex-ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, começou o seu interrogatório no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes sobre o “trato com palavras inadequadas” durante a reunião ministerial de 5 de julho de 2022. Na época, o militar endossou a narrativa de fraude no sistema eletrônico de votação e afirmou que a Comissão de Transparência Eleitoral seria “pra inglês ver”.
Nogueira também disse que se sentia na “linha de contato com o inimigo” e que existia uma guerra, por isso, era necessário começar a operação.
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Sobre o relatório das urnas eleitorais que foi elaborado pelo Ministério da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro, Nogueira disse: “O presidente da República jamais me pressionou, seja para mandar o relatório só no 2º turno, seja para alterar o relatório”. Segundo o ex-ministro, o atraso na entrega se deu por problemas técnicos e que a equipe sugeriu melhorias entre o primeiro e o segundo turno.
O ex-ministro da Defesa afirmou para Moraes que o objetivo do relatório das Forças Armadas sobre as urnas não era encontrar uma possível fraude nas eleições, mas sim fiscalizar todo o processo eleitoral. Afirmou ainda que tinha críticas à efetividade da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e que o diálogo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) melhorou depois que Moraes se tornou presidente.