Tecnologia chinesa pode aposentar o ar-condicionado para sempre!

Nos últimos anos, a busca por alternativas sustentáveis para climatização de ambientes tem ganhado destaque no cenário científico internacional. Em 2025, pesquisadores chineses apresentaram uma proposta inovadora de refrigeração passiva que promete mudar a forma como edifícios e dispositivos são resfriados, eliminando a necessidade de consumo elétrico constante. Essa abordagem se baseia em mecanismos físicos avançados e pode representar um marco na redução do uso de ar-condicionado tradicional.

O sistema, ainda em fase teórica, combina um diodo termorradiativo com um motor térmico, formando uma estrutura capaz de converter calor ambiente em radiação infravermelha. Essa conversão ocorre de maneira passiva, ou seja, sem a necessidade de fontes externas de energia, o que diferencia essa tecnologia de métodos convencionais de resfriamento.

Tecnologia chinesa pode aposentar o ar-condicionado para sempre!
Ar condicionado – Créditos: depositphotos.com / Olivier26

Como funciona a nova tecnologia de refrigeração passiva?

A principal inovação do sistema está na geração de um potencial químico de fótons positivo, algo que até então era considerado inviável sem energia externa. O diodo termorradiativo (TRD) é posicionado estrategicamente ao lado de um motor térmico, permitindo que o calor seja capturado e transformado em radiação infravermelha. Essa radiação é então emitida para o espaço, promovendo o resfriamento do ambiente.

Segundo as simulações realizadas, a potência de resfriamento pode atingir até 485 W/m² com o emissor a 20°C, superando limites teóricos estabelecidos anteriormente. Mesmo quando o motor térmico ideal é substituído por um gerador termoelétrico convencional, o desempenho do sistema permanece elevado em condições ideais.

Quais são os principais componentes e materiais utilizados?

O desempenho da tecnologia depende fortemente do design e dos materiais escolhidos. Entre os destaques está o fósforo negro, reconhecido por sua alta eficiência quântica e baixa recombinação não radiativa, tornando-o ideal para maximizar a emissão de radiação infravermelha. Além disso, a proporção entre as áreas dos componentes é fundamental: recomenda-se que o TRD tenha uma superfície significativamente menor que o emissor radiativo, sendo a relação ideal de 1 para 15.

  • Diodo termorradiativo (TRD): Responsável pela conversão do calor em radiação infravermelha.
  • Motor térmico: Atua como intermediário para potencializar o fluxo térmico.
  • Emissor radiativo: Superfície que libera a radiação infravermelha para o ambiente externo.
  • Materiais avançados: Como o fósforo negro, essenciais para eficiência do sistema.

Esses elementos, quando combinados de forma otimizada, permitem que o sistema opere de maneira autossustentável, sem depender de energia elétrica para funcionar.

Quais são as possíveis aplicações e impactos dessa tecnologia?

Se comprovada em protótipos práticos, a refrigeração passiva pode ser utilizada em diversas áreas além da construção civil. Entre as aplicações potenciais estão o resfriamento de dispositivos eletrônicos, que frequentemente sofrem com superaquecimento, e o desenvolvimento de roupas inteligentes capazes de regular a temperatura corporal sem baterias ou circuitos ativos.

  1. Edifícios residenciais e comerciais: Redução significativa do consumo de energia elétrica para climatização.
  2. Equipamentos eletrônicos: Prolongamento da vida útil e aumento da eficiência operacional.
  3. Vestuário tecnológico: Conforto térmico sem necessidade de fontes de energia externas.

Além disso, a adoção em larga escala dessa solução pode contribuir para a diminuição das emissões de gases poluentes, já que os sistemas tradicionais de ar-condicionado representam cerca de 10% do consumo elétrico global e são grandes responsáveis pelo aumento das emissões de carbono.

Quais desafios ainda precisam ser superados?

Apesar do potencial, a tecnologia de refrigeração passiva enfrenta desafios para sua implementação prática. Entre eles estão a necessidade de materiais de alta performance, a viabilidade de produção em escala industrial e a adaptação para diferentes climas e tipos de edificações. Pesquisadores continuam investigando formas de otimizar o desempenho do sistema e reduzir custos, visando tornar a solução acessível e eficiente para uso cotidiano.

Com o avanço das pesquisas e o desenvolvimento de protótipos, espera-se que, nos próximos anos, a refrigeração passiva se torne uma alternativa viável para promover ambientes mais confortáveis e sustentáveis, atendendo à crescente demanda por soluções energéticas inovadoras.

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