Em 2025, o processo para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) passou por mudanças importantes com a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei 3.965/21, em 29 de maio. A principal novidade é a exigência de exame toxicológico negativo para candidatos à primeira habilitação nas categorias A (motocicletas) e B (automóveis). A medida, que já era obrigatória para motoristas profissionais das categorias C, D e E, pretende ampliar o controle sobre o uso de substâncias psicoativas entre novos condutores, reforçando a segurança no trânsito.
O novo procedimento visa fortalecer a segurança viária, ao garantir que motoristas estejam aptos a conduzir veículos sem riscos relacionados ao consumo de drogas. Além disso, a lei permite que clínicas credenciadas para exames de aptidão física e mental também possam coletar material para o exame toxicológico, facilitando o acesso ao serviço e tornando o processo mais prático para quem deseja obter a CNH.
Como funciona o exame toxicológico para a CNH?
O exame toxicológico é realizado a partir da análise de amostras de cabelo, pelos ou unhas, capazes de identificar o consumo de substâncias psicoativas em um período de até 90 dias anteriores à coleta. Entre as drogas detectadas estão anfetaminas, canabinoides, opiáceos e cocaína, além de medicamentos proibidos, como o mazindol. O exame é processado em laboratórios credenciados, assegurando a confiabilidade dos resultados.
Para facilitar o acesso, clínicas médicas autorizadas passaram a coletar o material, encaminhando-o para análise laboratorial. O procedimento tem custo variável, geralmente entre R$ 110 e R$ 250, valor que se soma às demais taxas do processo de habilitação. O resultado é informado ao órgão de trânsito responsável, integrando a documentação necessária para a emissão da CNH.
Quais são os impactos da nova exigência para os candidatos?

A inclusão do exame toxicológico na lista de requisitos para a primeira habilitação gerou debates entre especialistas e parlamentares. Um dos principais pontos discutidos é o impacto financeiro para os candidatos, especialmente para jovens e pessoas de baixa renda. O custo adicional pode representar um desafio para quem já enfrenta despesas com aulas, exames e taxas administrativas.
- Elevação do custo total da CNH: O exame toxicológico adiciona uma nova despesa ao processo.
- Ampliação do controle sobre o uso de drogas: A medida busca identificar usuários de substâncias ilícitas antes da concessão da habilitação.
- Facilidade de acesso: A coleta em clínicas médicas credenciadas torna o procedimento mais acessível.
Apesar das discussões sobre custos, defensores da medida argumentam que o exame contribui para a redução de acidentes de trânsito, prevenindo situações em que motoristas possam estar sob efeito de drogas. O investimento, segundo especialistas, pode ser considerado pequeno diante dos benefícios para a segurança pública.
O exame toxicológico realmente contribui para a segurança no trânsito?
O exame toxicológico é visto como uma ferramenta preventiva, capaz de identificar o uso de substâncias que afetam a capacidade de dirigir. Ao impedir que pessoas sob influência de drogas obtenham a CNH, a expectativa é de diminuição dos índices de acidentes e de vítimas no trânsito brasileiro. Além disso, a detecção precoce de substâncias ilícitas pode servir como alerta para o acompanhamento de condutores em situação de risco.
- Redução do número de acidentes causados por uso de drogas.
- Maior rigor na avaliação dos candidatos à habilitação.
- Promoção de um ambiente mais seguro para todos os usuários das vias públicas.
Entidades de saúde e órgãos de trânsito destacam que, ao ampliar o alcance do exame toxicológico, o Brasil segue uma tendência internacional de reforço à segurança viária. A medida, no entanto, exige acompanhamento constante para avaliar sua efetividade e possíveis ajustes na regulamentação.
Quais são os próximos passos para a implementação da nova lei?
Com a aprovação do projeto de lei, a expectativa é que as novas regras entrem em vigor após a regulamentação dos procedimentos. Clínicas e laboratórios precisam se adaptar para atender à demanda crescente, garantindo que a coleta e análise dos exames ocorram de forma eficiente e acessível. O acompanhamento das estatísticas de acidentes e do perfil dos novos condutores será fundamental para medir o impacto da exigência ao longo dos próximos anos.
O debate sobre a obrigatoriedade do exame toxicológico para novos motoristas permanece em pauta, refletindo preocupações com custos, acesso e efetividade. No entanto, a iniciativa representa um passo importante na busca por estradas mais seguras e por uma formação de condutores mais responsável no Brasil.
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