Um estudo recente, liderado por um consórcio de pesquisadores brasileiros, pretendia, a princípio, mapear variantes genéticas relevantes para o metabolismo de fármacos e, assim, aprimorar a medicina de precisão no Brasil. Para isso, a equipe analisou o genoma completo de 2 723 participantes distribuídos por todas as regiões do país, compondo uma das maiores coortes genômicas latino-americanas já reunidas.
No entanto, ao vasculhar o DNA atrás de mutações que ajudam a explicar por que certos remédios funcionam bem para uns e fazem mal para outros, os cientistas acabaram se deparando com um relato triste, e profundamente incômodo, das origens da população brasileira: celebrada como romântica e harmoniosa, a miscigenação do país revela marcas de violência sistemática.
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