O sistema tributário brasileiro está passando por uma mudança significativa com a introdução da Lei Complementar 214. Esta legislação, que se originou do Projeto de Lei Complementar 68/2024, visa transformar a maneira como os impostos sobre bens e serviços são cobrados no país. O objetivo principal é simplificar o complexo sistema atual e promover uma distribuição mais justa das responsabilidades fiscais.
Um dos principais componentes desta reforma é a implementação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA). Este imposto é projetado para incidir sobre o valor adicionado em cada etapa da produção e distribuição, eliminando a cobrança repetida de impostos que atualmente ocorre em várias fases do processo econômico. A estrutura do IVA será dividida entre o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), cada um direcionado a diferentes níveis de governo.
Quais benefícios a reforma traz para o CadÚnico?
A reforma tributária também traz mudanças significativas para o Cadastro Único (CadÚnico), que é um sistema crucial para a implementação de políticas sociais no Brasil. As alterações visam melhorar a qualidade de vida das famílias de baixa renda, oferecendo isenções fiscais e devoluções que facilitam o acesso a bens essenciais.
- Redução de desigualdades regionais: A reforma busca nivelar as condições fiscais entre os estados, promovendo uma distribuição mais equitativa dos recursos.
- Isenção de produtos essenciais: Alimentos básicos e produtos de higiene menstrual estarão isentos de impostos, aliviando o custo de vida das famílias mais vulneráveis.
- Devolução de impostos: Famílias cadastradas no CadÚnico poderão receber parte dos impostos pagos de volta, aumentando sua renda disponível.
- Isenção de medicamentos: Medicamentos essenciais terão isenção tributária, melhorando o acesso à saúde.
Essas medidas são projetadas para reduzir as desigualdades sociais e garantir que as famílias de baixa renda tenham acesso a produtos e serviços essenciais de forma mais justa.

Quais são as transformações nos tributos existentes?
Uma das mudanças mais significativas da reforma é a substituição de vários tributos, como ICMS, ISS, Pis, Cofins e IPI, pelo novo sistema de IBS e CBS. Além disso, o Imposto Seletivo (IS) será introduzido para produtos que afetam negativamente a saúde e o meio ambiente, como cigarros e bebidas alcoólicas. A transição para este novo sistema ocorrerá gradualmente, permitindo que ajustes sejam feitos conforme necessário.
Como as novas alíquotas impactam a economia?
O novo sistema de alíquotas foi desenhado para equilibrar a carga tributária e incentivar setores estratégicos. A alíquota-padrão será ajustada para cerca de 28%, com esforços para reduzi-la a menos de 26,5% até 2030. Setores como saúde e educação, considerados prioritários, terão alíquotas reduzidas, variando de 30% a 70%, dependendo da importância estratégica.
- Alíquota-padrão: Inicialmente fixada em 28%, com metas de redução progressiva.
- Setores estratégicos: Saúde e educação terão alíquotas reduzidas para fomentar o desenvolvimento.
- Impacto econômico: As exceções e ajustes nas alíquotas visam equilibrar o impacto fiscal e econômico.
Essas medidas são projetadas para estimular o crescimento econômico e atender às necessidades de setores prioritários, enquanto se busca um equilíbrio fiscal sustentável.
Qual é o futuro da reforma tributária sob supervisão?
Para garantir a implementação eficaz da reforma, um Comitê Gestor temporário foi estabelecido para supervisionar o processo até o final de 2025. A expectativa é que a reforma não apenas simplifique a burocracia tributária, mas também impulsione o crescimento econômico do Brasil, reduzindo a evasão fiscal e atraindo novos investimentos.
Com a reforma consolidada, o Brasil caminha para um sistema tributário mais justo e eficiente, que não só facilita o cumprimento das obrigações fiscais, mas também promove um ambiente econômico mais equitativo e sustentável.
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