Análises após queda da ponte JK mostram que Rio Tocantins está apto para banho, diz Dnit


Órgão federal afirmou que resultados recentes identificaram parâmetros dentro do previsto pela legislação ambiental. Utilização do Rio Tocantins por banhistas não deve ser afetada durante a temporada de praias. Ponte sobre o Rio Tocantins, entre Tocantins e o Maranhão, desabou em dezembro de 2024
Ademir dos Anjos/Governo do Tocantins
Com a proximidade da temporada de praias no rio Tocantins surge o questionamento sobre a qualidade da água no local da queda da Ponte Juscelino Kubitschek, entre Aguiarnópolis e Estreito (MA). Caminhões com agrotóxicos e ácido sulfúrico afundaram durante o desabamento, mas atualmente a água está com parâmetros dentro do previsto pela legislação ambiental, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
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A ponte que fica na BR-226 desabou no dia 24 de dezembro de 2024, deixando 17 vítimas. Quatro dos dez veículos que caíram na água estavam carregando toneladas de ácido sulfúrico e defensivos agrícolas.
Nesta terça-feira (6) o Dnit informou que segue executando o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água no rio Tocantins. Estão previstas cinco campanhas de coleta durante o ano de 2025. As ações estão previstas para os meses de maio, junho, agosto, outubro e dezembro.
O Departamento explicou que cada campanha terá três coletas realizadas da seguinte forma: uma amostra a jusante, na margem esquerda do rio; uma amostra no eixo do rio; e uma amostra a montante, na margem direita do rio.
Entre os dias 11 de março e 08 de abril de 2025, a 2ª Campanha de Monitoramento Emergencial da Qualidade da Água, realizada pelo DNIT, confirmou que todos os parâmetros da água analisada se mantinham dentro dos limites previstos pela legislação ambiental.
Com os resultados, o Dnit afirmou que a população pode utilizar o rio Tocantins para banho e que está em contato direto com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) com relação às análises.
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g1
O vão da ponte caiu no dia 22 de dezembro de 2024, por volta das 14h50. Um vereador de Aguiarnópolis que denunciava a situação precária da estrutura flagrou o momento.
Duas caminhonetes, um carro, três motos e quatro caminhões passavam pelo local na hora e caíram dentro do rio. Três desses caminhões carregavam ácido sulfúrico e agrotóxicos. Uma pessoa sobreviveu, 14 morreram e três ainda estão desaparecidas.
Para que a nova ponte seja construída, as partes remanescentes da Juscelino Kubitschek tiveram que ser implodidas. As estruturas receberam 250 kg de explosivos e a ação durou cerca de 15 segundos.
A construção da nova ponte entre os estados do Tocantins e do Maranhão alcançou, nos últimos dias, 20% dos trabalhos executados, segundo o Dnit. A previsão é de que a obra seja entregue ainda em 2025.
Construção da ponte na BR-226 está em andamento
Divulgação/Dnit
Íntegra da nota do Dnit
O DNIT informa que segue executando o Programa de Monitoramento da Qualidade da Água no rio Tocantins após o acidente na Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).
Estão previstas mais 5 (cinco) campanhas de coleta no ano de 2025, nos meses de maio, junho, agosto, outubro e dezembro. Cada campanha vai abranger a quantidade de 03 coletas de amostras sendo:
01 amostra a jusante, na margem esquerda do rio.
01 amostra no eixo do rio.
01 amostra a montante, na margem direita do rio.
Vale ressaltar que os resultados iniciais já indicavam que os parâmetros medidos estavam dentro dos padrões estabelecidos para rios de Classe II, conforme a Resolução CONAMA nº 357/2005.
E que entre os dias 11 de março e 08 de abril de 2025, a 2ª Campanha de Monitoramento Emergencial da Qualidade da Água, realizada pelo DNIT, confirmou que todos os parâmetros analisados permaneciam dentro dos limites previstos pela legislação ambiental vigente para rios de Classe II.
Reafirmamos que, sobre a questão da qualidade da água no Rio Tocantins, o DNIT está em contato direto com o IBAMA e com a ANA e informa que está tudo dentro dos padrões e que a população pode ter a tranquilidade necessária para utilização do rio pelos banhistas.
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