O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil se prepara para uma reunião crucial na próxima quarta-feira (7/5), onde decidirá a nova taxa básica de juros do país. O mercado financeiro aguarda ansiosamente por um aumento de 0,5 ponto percentual, o que elevaria a Selic para 14,75% ao ano. Caso essa previsão se concretize, a taxa alcançará o maior nível desde agosto de 2006, quando também estava em 14,75% ao ano.
Na última reunião, ocorrida em março, o Copom já havia aumentado a Selic em 1 ponto percentual, passando de 13,25% para 14,25% ao ano. Na ocasião, o Banco Central indicou que poderia reduzir o ritmo de aumento da taxa na reunião seguinte. A incerteza agora reside nas decisões futuras do comitê, especialmente em um cenário econômico global instável.
Quais são as projeções do mercado para a inflação?
Desde a última reunião do Copom, as variáveis que influenciam a inflação no Brasil não sofreram grandes alterações. O Boletim Focus, uma publicação semanal que reúne previsões de analistas de mercado, ajustou ligeiramente a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 5,7% para 5,6% em 2025, mantendo-se estável em 4,5% para 2026. Além disso, a taxa de câmbio teve uma leve variação, passando de R$ 5,80 para R$ 5,70.
Esses indicadores mostram que, até o momento, não houve mudanças significativas nos dados prospectivos para a inflação, apesar das incertezas no cenário externo. As expectativas de inflação continuam elevadas e acima da meta estabelecida pelo Banco Central, o que reforça a necessidade de ajustes na política monetária.

Como o Banco Central reage ao cenário atual?
O Banco Central tem adotado uma postura cautelosa diante das incertezas econômicas. Relatórios de instituições financeiras, como o C6 Bank, indicam que o Banco Central está deixando em aberto os próximos passos da política monetária. Discursos recentes de diretores do Banco Central refletem essa cautela, sugerindo que a instituição está atenta às mudanças no cenário econômico global e nacional.
O economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung, projeta um aumento de 0,75 ponto percentual na próxima reunião, com a possibilidade de uma alta menor de 0,50 ponto percentual. Ele prevê que a taxa Selic encerre o ciclo em 15,25% ao ano em 2025, mas ressalta a importância de manter o cenário em aberto para futuras reuniões, permitindo ajustes conforme necessário.
Cenário Econômico Atual (Maio de 2025):
Com base nas informações disponíveis até março de 2025, podemos inferir alguns aspectos do cenário econômico que o BCB provavelmente está monitorando:
- Inflação: A inflação tem se mostrado persistente e acima da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). As expectativas de inflação para os próximos anos também têm apresentado deterioração, distanciando-se da meta de 3% para 2025.
- Taxa de Câmbio: O real brasileiro pode estar experimentando volatilidade em relação ao dólar e outras moedas.
- Atividade Econômica: Há sinais de resiliência na atividade econômica e no mercado de trabalho em 2024, mas também indícios de uma moderação no crescimento para 2025. As projeções de crescimento do PIB para 2025 variam, mas geralmente apontam para uma desaceleração em comparação com os anos anteriores.
- Política Monetária Global: O cenário internacional continua desafiador, com incertezas em relação à política econômica e às perspectivas nos Estados Unidos e em outras economias importantes. Bancos centrais de economias avançadas mantêm o foco em trazer a inflação de volta às metas, em um contexto de mercados de trabalho ainda pressionados.
Quais os próximos passos?
Para as próximas reuniões do Copom, a expectativa é de que o Banco Central continue monitorando de perto a evolução do cenário econômico, tanto doméstico quanto internacional. A manutenção de uma política monetária flexível permitirá ao Banco Central ajustar a Selic conforme as condições econômicas exigirem, buscando sempre alinhar as expectativas de inflação com as metas estabelecidas.
Em resumo, a próxima reunião do Copom será um momento decisivo para a política monetária brasileira. O aumento esperado na taxa Selic reflete a necessidade de conter a inflação em um ambiente econômico desafiador. A postura cautelosa do Banco Central indica que a instituição está preparada para ajustar suas estratégias conforme o cenário evoluir, garantindo a estabilidade econômica do país.
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