O autismo é frequentemente associado à infância, mas muitos adultos também estão no espectro, muitas vezes sem um diagnóstico formal. Os sinais de autismo em adultos podem ser confundidos com traços de personalidade ou comportamentos socialmente aceitos, dificultando a identificação do transtorno em fases mais avançadas da vida.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta o desenvolvimento neurológico, impactando habilidades como comunicação, linguagem e interação social. Muitos adultos autistas desenvolvem maneiras de mascarar os sintomas para se ajustar às normas sociais, contribuindo para o subdiagnóstico do transtorno.
Quais são os sinais comuns de autismo em adultos?
Alguns sinais de autismo em adultos podem passar despercebidos, pois são frequentemente confundidos com características comuns de personalidade. Entre os sinais mais comuns estão:
- Disconforto em situações sociais: Adultos autistas podem sentir-se desconfortáveis em grandes grupos ou eventos sociais.
- Dificuldade em interpretar expressões faciais: A interpretação de linguagem corporal e expressões faciais pode ser um desafio.
- Preferência por ambientes previsíveis: Conversas individuais e ambientes previsíveis são geralmente preferidos.
- Resistência a mudanças: Alterações na rotina podem ser difíceis de lidar.
- Interesses intensos e específicos: Muitas vezes, esses interesses são incomuns e absorventes.
- Sensação de sobrecarga: Ambientes com excesso de estímulos podem ser opressores.
- Dificuldade com sarcasmo: Entender sarcasmo ou ironia pode ser complicado.
- Fala monótona: A fala pode ter um ritmo monótono ou entonação peculiar.
- Compreensão literal: Frases são frequentemente interpretadas de forma literal, com pouca interpretação de metáforas.
- Desafio em equilibrar interesses: Pode haver dificuldade em equilibrar interesses pessoais com outras obrigações cotidianas.

Por que o diagnóstico de autismo em adultos é importante?
Essas características podem ser mascaradas ao longo do tempo, especialmente por aqueles que desenvolveram estratégias sociais para se adaptar. Isso destaca a importância do diagnóstico em qualquer fase da vida, permitindo que os indivíduos recebam o suporte necessário para melhorar sua qualidade de vida.
No Brasil, estima-se que cerca de dois milhões de pessoas convivam com o TEA. No entanto, a real dimensão ainda é incerta, o que levou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a incluir perguntas sobre autismo no Censo de 2022.
Como é o tratamento do autismo em adultos no Brasil?
O diagnóstico precoce permite uma abordagem mais eficaz no tratamento, promovendo autonomia e qualidade de vida. As estratégias incluem acompanhamento multidisciplinar, terapias como a cognitivo-comportamental, e em alguns casos, o uso de medicamentos.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte por meio de serviços especializados que visam melhorar a acessibilidade e o bem-estar das pessoas com autismo em todo o país. Esses serviços são essenciais para garantir que os adultos autistas possam viver de forma plena e integrada na sociedade.
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