
Porta-vozes se reuniram no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski antes de entrevista coletiva. Coletiva reuniu Andrei Rodrigues, diretor da PF, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, Vinicius Marques de Carvalho, da CGU, e Carlos Lupi, da Previdência
TV Globo
Antes da entrevista coletiva que detalhou a operação que investiga uma fraude bilionária no INSS, os porta-vozes, além de Sidônio Palmeira, da Secom, se reuniram na manhã desta quarta-feira (23) no gabinete do ministro Ricardo Lewandowski (Justiça e Segurança Pública) para alinhar o tom da entrevista.
Estavam presentes Andrei Rodrigues, diretor da PF, Ricardo Lewandowski, Vinicius Marques de Carvalho, da CGU, e Carlos Lupi, da Previdência.
Eles fizeram um media training – treinamento para se antecipar a possíveis perguntas dos jornalistas.
Um dos presentes, então, disparou para Lupi: “O senhor se sente confortável em defender o presidente do INSS diante de tantas evidências?”. E eis que ele respondeu: “Totalmente”.
Silêncio na sala. Eles não esperavam ênfase na defesa de Stefanutto.
Sidônio cortou o silêncio e continuou as perguntas: “Lupi, você se sente confortável em participar da coletiva?”. Ele foi evasivo, disse que tanto poderia como não poderia, e deixou a resposta no ar.
Minutos depois, dirigiu-se para a coletiva com o resto do grupo.
Opeação da PF e demissão de Stefanutto
A Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU) realizaram uma operação, nesta quarta-feira (23), contra um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
➡️De acordo com as investigações, os suspeitos cobravam mensalidades irregulares, descontadas dos benefícios de aposentados e pensionistas, sem a autorização deles.
Os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem chegar a R$ 6,3 bilhões, segundo as estimativas.
➡️O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido, e cinco servidores públicos foram afastados de suas funções.
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