Poder de compra da população LGBT+ confirma potencial econômico da comunidade

O potencial de compra da população LGBT+ no Brasil movimenta a economia do país, impulsionando diversos setores, como o turismo, entretenimento, moda, entre outros. Estudo recente da NIQ, empresa líder mundial em inteligência de consumo, aponta que somente no período doze meses anteriores ao primeiro trimestre de 2024, a comunidade injetou R$ 18,7 bilhões no mercado brasileiro.

Neste dia 25 de março, quando se celebra o Dia Nacional do Orgulho Gay, a gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae, Geórgia Nunes, destaca o significativo impacto econômico da população LGBT+ no Brasil.

São números que demonstram o poder expressivo de compra da população LGBT+, formada por lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros e outras identidades de gênero, mas também chamam atenção para a importância de se construir uma sociedade mais inclusiva e diversa.

Geórgia Nunes, gerente nacional de Empreendedorismo Feminino, Diversidade e Inclusão do Sebrae.

A pesquisa da NIQ, chamada Raibow Homes, também traz dados sobre o perfil de consumo dessa parte da população que tem preferido a conveniência e acessibilidade oferecidas pelo comércio eletrônico. O gasto médio por lar LGBT+ no e-commerce, segundo o estudo, é 27% superior ao dos demais lares, com um ticket médio de R$ 363 contra R$ 286 dos outros domicílios, com destaque para as compras de produtos de giro rápido, como bebidas alcoólicas.

Empreendedorismo como forma de resistência e afirmação

A gerente nacional do Sebrae também ressalta que empresas que adotam políticas inclusivas e valorizam a diversidade tendem a ser mais inovadoras e competitivas. “A presença de profissionais LGBT+ em posições de liderança e em equipes diversas contribui para um ambiente de trabalho mais criativo e produtivo”, acrescenta Geórgia Nunes.

Ela explica que diante de barreiras estruturais de discriminação e falta de oportunidades, o empreendedorismo tem permitido que indivíduos LGBT+ conquistem autonomia financeira e realização pessoal. “Ao gerir o próprio negócio, é possível criar ambientes inclusivos e explorar nichos de mercado específicos”, finaliza.

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