Ex-companheiro é preso suspeito de matar jovem que está desaparecida há mais de um ano


Vítima está desaparecida desde agosto de 2023. Suspeito foi preso preventivamente após diversas contrações em seu depoimento, segundo a Polícia Civil. Suspeito de matar mulher em Guaraí foi preso preventivamente
Divulgação/SSPTO
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Um homem de 52 anos foi preso pela Polícia Civil suspeito de matar e ocultar o corpo da ex-companheira, em Guaraí, região nordeste do estado. A vítima é Míria Mendes Sousa Lima, de 19 anos. Ela está desaparecida desde agosto de 2023.
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A prisão preventiva do suspeito aconteceu após uma testemunha relatar ter recebido a informação de que o investigado teria confessado a outra pessoa que matou a ex-companheira. Além disso, segundo a polícia, o homem teria contado várias versões do desaparecimento, se contradizendo em diversos momentos.
O suspeito foi preso durante a Operação Déjà-vu. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra o suspeito. Ele não teve o nome divulgado, por isso o g1 não teve acesso à sua defesa.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o nome da operação faz referência ao histórico do investigado, que possui registros de crimes cometidos com extrema violência física e psicológica contra pelo menos outras duas ex-companheiras.
“Míria, portanto, teria sido a terceira vítima do investigado. O nome da operação remete à repetição de atos violentos e a uma constante vivência de terror por parte das vítimas do investigado, evidenciando um padrão de violência de gênero que se perpetua ao longo do tempo contra diversas mulheres com quem o investigado se relacionou”, informou a SSP.
Versões do desaparecimento
De acordo com a Polícia Civil, o homem convivia com Míria em união estável. Inicialmente, ele relatou que no dia 18 de agosto de 2023 Míria teria deixado a casa onde moravam e não entrou em contato desde então. Segundo o suspeito, na ocasião, ela teria tido um surto psicótico, agredido uma funcionária e saído sem dizer para onde iria.
Também afirmou que, antes de partir, a mulher teria deixado a filha e um documento de modificação da guarda da criança que tinha menos de dois anos de idade. Mas essa versão sofreu diversas contradições ao longo da investigação.
O relato do investigado foi contestado pela mãe de Míria, que registrou boletim de ocorrência relatando o desaparecimento da filha. Ela contou que Míria não havia sido mais vista ou contatada por familiares desde o dia 21 de agosto de 2023, quando sua última atividade nas redes sociais foi registrada.
Conforme a polícia, em entrevistas o suspeito também teria fornecido versões contraditórias sobre o destino de Míria, incluindo alegações de que ela teria ido para Goiânia com outro homem, mas sem fornecer detalhes concretos.
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Além desses fatos, segundo a polícia, a informação da suposta confissão que o suspeito teria feito para outra pessoa levantou suspeitas sobre a versão do desaparecimento, levando a Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC- Guaraí) a intensificar a investigação.
Com base nas provas e nas contradições no depoimento do suspeito, a polícia deflagrou a operação que prendeu o homem na segunda-feira (17). Ele vai responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.
A investigação segue em andamento, enquanto as autoridades tentam esclarecer completamente o desaparecimento e a suposta morte de Míria, cujo corpo não foi localizado.
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