Inflação anualizada dispara para 5,06% em fevereiro, maior alta desde 2023

A inflação no Brasil tem sido um tema central nas discussões econômicas recentes, especialmente após a divulgação dos dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em fevereiro de 2025, a inflação anualizada acelerou para 5,06%, marcando o maior patamar desde setembro de 2023. Este aumento contínuo da inflação tem gerado preocupações, especialmente considerando que a meta estabelecida é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5% a 4,5%.

O Banco Central do Brasil tem enfrentado desafios para manter a inflação dentro da meta. Desde janeiro de 2025, a meta é avaliada semestralmente, e as previsões indicam que o objetivo inflacionário pode não ser cumprido em junho, caso a inflação permaneça acima de 4,5% por seis meses consecutivos. Este cenário exige medidas rigorosas de política monetária para controlar a alta dos preços.

Como a inflação em fevereiro de 2025 foi impulsionada?

Inflação anualizada dispara para 5,06% em fevereiro, maior alta desde 2023
Economia – Foto: Creative Commons

O aumento da inflação em fevereiro foi impulsionado principalmente pelo grupo habitação, que registrou uma alta de 4,44%. O aumento do custo da energia elétrica residencial, que subiu 16,80%, foi um dos principais responsáveis por essa elevação. Além disso, o reajuste nas tarifas de água e esgoto em cidades como Campo Grande, Belo Horizonte e Porto Alegre também contribuiu para o aumento dos preços.

Outro fator significativo foi o grupo educação, que teve uma alta de 4,70% devido aos reajustes das mensalidades escolares no início do ano letivo. Os cursos regulares, incluindo ensino fundamental, médio e pré-escola, apresentaram aumentos expressivos. No setor de alimentação e bebidas, houve um aumento de 0,70%, com destaque para a alta nos preços do ovo de galinha e do café moído.

Como a política monetária está sendo ajustada para controlar a inflação?

Para enfrentar a inflação crescente, o Banco Central do Brasil aumentou a taxa básica de juros, a Selic, para 13,25% ao ano em janeiro. Há uma sinalização de que essa taxa pode ser elevada para 14,25% ao ano em março. A Selic tem estado acima de 10% nos últimos três anos, e as projeções indicam que pode atingir 15% em 2025, o maior nível desde 2006.

O Banco Central tem enfatizado a importância de observar não apenas os dados de inflação, mas também as estatísticas de atividade econômica e o impacto do consumo nos preços. Essa abordagem visa garantir que as medidas adotadas sejam eficazes em conter a inflação sem prejudicar o crescimento econômico.

Quais são as expectativas em 2025?

De acordo com o Boletim Focus, as expectativas dos agentes financeiros para a inflação anualizada em 2025 são de 5,68%. Em relação à taxa Selic, a previsão é que atinja 15,00% em dezembro de 2025. Esses números refletem a complexidade do cenário econômico atual e a necessidade de ajustes contínuos na política monetária para garantir a estabilidade dos preços.

Em resumo, o Brasil enfrenta um desafio significativo no controle da inflação, exigindo ações coordenadas entre o Banco Central e outras instituições econômicas. A evolução desses indicadores será crucial para determinar o rumo da economia brasileira nos próximos meses.

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