SUS vai oferecer Ozempic de graça? Descubra quando e como isso pode acontecer

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Nos últimos meses, o tema da incorporação do Ozempic ao Sistema Único de Saúde (SUS) tem ganhado destaque no debate público. O medicamento, originalmente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, começou a ser usado de forma off label para auxiliar na perda de peso, despertando interesse tanto do Ministério da Saúde quanto de gestores municipais. Contudo, as discussões sobre seu fornecimento gratuito ainda estão em estágios iniciais.

O Ministério da Saúde iniciou, em dezembro de 2024, um processo de avaliação para a possível inclusão do Ozempic na lista de medicamentos oferecidos pelo SUS. Embora essa análise esteja em andamento, não há garantia de que o fármaco seja incorporado antes de 2026, principalmente devido aos seus custos elevados e à complexidade dos trâmites necessários para aprovação.

Por que o Ozempic está sob análise?

A avaliação do Ozempic pelo SUS é motivada pela crescente demanda por soluções eficazes no tratamento da obesidade e do diabetes. Estudos indicam que o medicamento auxilia no controle de apetite e gera uma sensação de saciedade, efeitos desejáveis para pacientes com obesidade. No entanto, essa análise deve considerar vários aspectos, incluindo eficácia, segurança, custo-efetividade e impacto no orçamento público.

Quais são os passos necessários para a incorporação do Ozempic?

Antes que o Ozempic possa ser oferecido pelo SUS, a solicitação para sua inclusão precisa passar por um processo rigoroso conduzido pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). A análise começou oficialmente em dezembro de 2024, e um parecer inicial deve ser dado em até 180 dias. Este prazo pode ser estendido por mais 90 dias, caso informações adicionais sejam necessárias.

Esse processo inclui a análise de estudos clínicos, relatórios de custo-benefício e consultas públicas para considerar o posicionamento de diversos stakeholders. Apenas com uma avaliação positiva em todos esses critérios é que a possibilidade de incorporação ao SUS pode ser efetivamente considerada.

Iniciativas municipais e desafios econômicos

No âmbito local, algumas cidades demonstram interesse em oferecer o Ozempic em suas redes de saúde. O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, por exemplo, anunciou durante sua campanha que planeja disponibilizar o medicamento gratuitamente para a população da cidade. Ele próprio compartilhou experiências pessoais com o uso do remédio e estabeleceu um grupo de trabalho para estudar sua implementação nas unidades de saúde do município.

Entretanto, os desafios econômicos são significativos. O preço médio de uma caneta do Ozempic é de aproximadamente R$ 1.000, o que pode representar uma barreira substancial para sua inclusão nos programas de saúde pública, especialmente considerando o impacto financeiro de uma distribuição em larga escala.

Um futuro promissor ou incerto?

Com outras opções disponíveis no mercado, como o Wegovy e o Saxenda, o debate sobre a incorporação do Ozempic também levanta questões sobre a melhor estratégia a ser adotada pelo SUS para atender à demanda crescente por tratamentos para obesidade. Enquanto a decisão final, prevista para ocorrer possivelmente apenas em 2026, é aguardada com expectativa, os próximos passos dependerão de avaliações cuidadosas, que equilibram necessidades de saúde pública e viabilidade econômica.

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