Milei acusa elite econômica de promover ‘wokeismo’ e conclama união a ‘países defensores da liberdade’

Aplaudido ao ser apresentado por Borge Brende, CEO do Fórum Econômico Internacional, em Davos, por seus feitos na economia argentina, o presidente Javier Milei acusou a elite econômica presente de promover o que chamou de “agenda sinistra do wokeismo”. Disse que foi visto com desconfiança no fórum no ano passado, mas que aposta na forma de fazer política de “dizer a verdade na cara das pessoas e confiar que entenderão”.

“Se queremos mudar, temos que começar com a verdade. E a verdade é que as ideias promovidas por fóruns como este estão equivocadas”, disse, conclamando as nações que, segundo ele, defendem a liberdade a se unir.

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Em discurso milimetricamente calculado, Milei disse que lentamente vai se formando uma aliança internacional de todas as nações que querem ser livres e que creem em ideias de liberdade. Entre suas referências destaca o bilionário e dono da plataforma X, Elon Musk, que tem enaltecido em sua conta na rede social.

“Tampouco me sinto só porque ao longo deste ano pude encontrar companheiros nessa luta pela liberdade em todos os rincões do planeta, desde o maravilhoso Elon Musk até a feroz dama italiana, minha querida amiga, Georgia Meloni. Desde Naiyb Bukele, em El Salvador, até Viktor Orban, na Hungria. Desde Benjamin Netanyahu, em Israel, a Donald Trump, nos EUA”.

As falas do presidente argentino causaram saia justa entre os presentes, que discutem a “Colaboração na era da inteligência” (tema do fórum este ano), insistem em sustentabilidade e que engrossam o debate chamado por Milei de wokeismo. Minutos antes de começar a falar, foi elogiado por Brende, que citou o controle da inflação no país e a retomada do crescimento com fortes perspectivas pela frente.

A pauta ensaiada é a prova de que a guerra retórica está declarada. Resta saber como o governo brasileiro, que se prepara para uma eleição tumultuada em 2026, pretende costurar suas alianças e responder a este discurso. Na avaliação do Palácio do Planalto, a UE é vista como aliada de primeira hora.

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