Atenção: Receita Federal vai fiscalizar Pix acima de R$ 5 mil; entenda as novas regras

A partir de 2025, novas diretrizes sobre o monitoramento de transações financeiras no Brasil vieram à tona, mudando a forma como a Receita Federal acompanha transferências via pagamentos instantâneos, como o Pix, e operações de cartão de crédito. Essa iniciativa reflete uma preocupação crescente com a evasão fiscal no país e busca proporcionar maior transparência nas transações comerciais.

A Receita Federal estabeleceu que qualquer transferência que ultrapasse o valor de R$ 5 mil deve ser reportada obrigatoriamente. Além disso, para empresas, essa vigilância se aplica a movimentações mensais que excedam R$ 15 mil. Esse controle é realizado através do sistema e-Financeira, demonstrando um esforço em utilizar a tecnologia para reforçar o combate à sonegação.

Como Funcionará o Relatório de Transações do Pix?

Pix / Créditos: depositphotos.com / thenews2.com

Bancos e fintechs terão a responsabilidade de reportar as transações semestralmente, com prazos estabelecidos para agosto e fevereiro. As informações fornecidas incluem não apenas as transferências realizadas, mas também todos os detalhes relevantes que garantem o cumprimento das normas fiscais pelo contribuinte. Dessa forma, é possível realizar uma fiscalização mais eficiente das movimentações financeiras pelos órgãos competentes.

Ao realizarem esses envios, as instituições financeiras ajudam a Receita Federal a cruzar dados e identificar possíveis incoerências nas declarações de renda. O objetivo é assegurar que não haja divergências entre as movimentações financeiras e o que é declarado.

Qual é o Impacto para Pessoas Físicas e Jurídicas?

Para a maioria das pessoas físicas, as mudanças não trarão novas cobranças ou tributações. O uso do Pix e do cartão de crédito continua isento de tarifas adicionais, exceto em situações previamente especificadas. Já para pessoas jurídicas, as condições de tarifa permanecem as mesmas, mas devem estar mais atentas ao volume de suas transações para evitar possíveis inconsistências fiscais.

Mesmo sem novos custos, os usuários devem se certificar de que suas movimentações não excedam estes novos limites sem o acompanhamento adequado, garantindo assim que estejam em conformidade com as exigências fiscais recentes.

A partir de 2025, as instituições financeiras serão obrigadas a informar à Receita Federal todas as transações via Pix que excederem determinados valores:

  • Pessoas físicas: R$ 5.000,00
  • Pessoas jurídicas: R$ 15.000,00

O que isso significa na prática?

  • Maiores informações para a Receita: A Receita Federal terá acesso a um volume muito maior de dados sobre as transações financeiras dos contribuintes, o que facilitará a identificação de possíveis irregularidades.
  • Aumento da fiscalização: Com mais informações, a Receita Federal poderá cruzar dados e identificar inconsistências nas declarações de Imposto de Renda e outros tributos.
  • Mais segurança para o contribuinte: As novas regras visam coibir fraudes e garantir a segurança das transações financeiras.
  • Fim do “caixa 2”: A nova regulamentação dificulta a prática do “caixa 2”, ou seja, o não registro de receitas em dinheiro.

Como serão enviados os dados?

As instituições financeiras deverão enviar as informações à Receita Federal de forma semestral, por meio de uma declaração eletrônica.

O que o contribuinte precisa saber?

  • Transparência: É importante manter seus registros financeiros atualizados e em conformidade com a legislação.
  • Declaração de Imposto de Renda: Ao declarar o Imposto de Renda, é fundamental informar todas as suas fontes de renda, inclusive as recebidas via Pix.
  • Orientação profissional: Em caso de dúvidas, procure um contador ou profissional da área contábil para obter orientações personalizadas.

Por que a Transparência é Essencial?

Essa nova prática de monitoramento é parte de um esforço maior para aumentar a transparência financeira em nível global. O Brasil, ao aderir a compromissos internacionais como o Padrão de Declaração Comum (CRS), busca alinhar suas práticas com outras economias desenvolvidas, melhorando a confiança global e a integridade de seu sistema fiscal.

Com essas diretrizes em vigor, espera-se que contribuintes e empresas atuem de forma mais responsável em suas operações financeiras, reduzindo o potencial para irregularidades e contribuindo para um ambiente econômico mais justo e sustentável.

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