Produtores protestam por corte de energia nos perímetros irrigados do Sertão de SE


Bombas para drenar a água de plantações e criadouros porque as da Codevasf foram desligadas pela Energisa por falta de pagamento da estatal. Produtores protestam por falta de energia nos perímetros irrigados do Sertão de SE
arquivo pessoal
Agricultores e piscicultores estão fechando a rodovia estadual SE-230, na manhã desta terça-feira (23), em protesto pelo corte de energia elétrica nos perímetros irrigados do Sertão, desde o dia 15 deste mês. A Polícia Militar esteve no local. A interrupção do fornecimento prejudica o sustento de mais de duas mil famílias de Canindé do São Francisco, Neópolis, Propriá, Jacaré Curituba e Cotinguiba.
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Os produtores estão colocando bombas para drenar a água de plantações e criadouros porque as da Companhia de Desenvolvimento do Vale São Francisco (Codevasf) foram desligadas pela Energisa, por falta de pagamento da estatal.
A Codevasf informou que a 2ª Vara da Justiça Federal de Sergipe deferiu o pedido de liminar determinando o restabelecimento do fornecimento de energia, no prazo de cinco dias, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 200, em caso de descumprimento.
Em nota, a estatal ainda disse que “segue realizando esforços para garantir recursos orçamentários para a quitação de débitos relativos ao fornecimento de energia elétrica dos projetos de irrigação, inclusive em contato com representantes do Congresso Nacional. As medidas que vêm sendo adotadas foram informadas durante reunião realizada nessa segunda-feira (22) com representantes dos distritos de irrigação. A Codevasf reafirma seu compromisso com os produtores dos projetos públicos de irrigação, que garantem o sustento de milhares de famílias por meio do cultivo de alimentos”.
O que diz a Energisa?
Também em nota, a Energisa disse que a inadimplência ainda persiste, mesmo após mais reunião para negociação ocorrida na tarde desta segunda-feira (22), com representantes da Advocacia Geral da União, Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional e da Codevasf.
“A empresa mantém-se aberta a negociação, mas até o momento, nenhuma solução concreta foi apresentada pela instituição federal para garantir o pagamento da dívida e das próximas faturas que vencem ao longo de 2024. A empresa reforça que não foi notificada sobre decisão liminar que prevê o restabelecimento do fornecimento de energia nos perímetros agrícolas atendidos pela Codevasf, e assim que for notificada, cumprirá a decisão judicial, dentro do prazo estabelecido pela justiça”.
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