Preso em Tremembé, Ronnie Lessa ficará sozinho em cela e sem contato algum com outros presos


Mesmo após o período de observação, que dura pela menos 10 dias, o ex-policial militar que matou a vereadora Marielle Franco ficará isolado de outros presos da P1. Ele não será incluído em nenhum dos seis pavilhões onde ficam os outros presos. Ronnie Lessa foi transferido para a P1 de Tremembé no dia 20 de junho.
Foto 1: Reprodução/TV Globo | Foto 2: Laurene Santos/TV Vanguarda
Transferido para um presídio de segurança máxima em Tremembé, no interior de São Paulo, o ex-policial-militar Ronnie Lessa, que matou a vereadora Marielle Franco em 2018, vai ficar sozinho em uma cela e não terá contato nenhum com outros presos.
O g1 apurou que, por questões de segurança, ele ficará em uma área isolada e não será incluído em nenhum dos seis pavilhões que abrigam os outros detentos.
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Lessa foi transferido da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS) para a penitenciária “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, a P1, nesta quinta-feira (20). A ordem para transferência é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) – leia mais detalhes abaixo.
O ex-policial militar deu entrada na unidade paulista, que está superlotada, por volta das 13h45. Ele chegou usando muletas, sem a prótese que passou a usar desde que perdeu a perna esquerda em um atentado a bomba em 2009. Se desejar, ele poderá usar a peça na prisão, desde que ela seja devidamente revistada.
Chegada do ex-policial militar Ronnie Lessa na penitenciária de Tremembé
Na P1, Ronnie Lessa passou por procedimento padrão, com o registro de entrada do preso e entrega de roupa de presidiário. Em alguns casos, é preciso também cortar o cabelo.
O ex-PM do Rio de Janeiro foi colocado em regime de observação, que dura pelo menos 10 dias. Neste período, ele não terá direito a banho de sol. Ronnie só terá direito a esse benefício depois dos 10 dias.
Logo após ser colocado no regime de observação, em uma cela isolada, Lessa fez a primeira refeição na P1 – a janta, que é servida às 16h.
Em um dia, são servidos ainda o café da manhã, o almoço e o café da tarde. As refeições são servidas nas celas – no caso dos outros presos da unidade, esses espaços são divididos por mais de um detento.
Imagem mostra Ronnie Lessa durante embarque em Campo Grande (MS)
Divulgação
O g1 apurou que, mesmo após o encerramento do regime de observação, Lessa ficará em uma cela individual. Ele não terá contato com outros presos e ficará isolado de forma permanente, por medidas de segurança.
Nesta quinta-feira (20), o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) manifestou publicamente preocupação com o sistema prisional por conta da presença de Ronnie Lessa.
Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao governo de São Paulo e ao Ministério Público paulista, o sindicato afirmou que o clima está tenso entre os detentos e que a P1 pode ter uma escalada de violência e até uma rebelião.
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Transferência
Ronnie Lessa foi transferido para uma penitenciária de segurança máxima em Tremembé, no interior de São Paulo, na quinta-feira (20). Ele está preso desde março de 2019 por participar da execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Penitenciária Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra, a P1 de Tremembé
Laurene Santos/TV Vanguarda
Lessa agora está preso na Penitenciária “Dr. Tarcizo Leonce Pinheiro Cintra”, a P1 de Tremembé, que atualmente está superlotada. O comboio com o detento chegou na unidade prisional às 13h46, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo.
O ex-policial militar estava na Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e solicitou, em acordo de delação, para ser levado para o complexo prisional de Tremembé. A ordem para transferência é do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Saiba como é a Penitenciária 1 de Tremembé, para onde Ronnie Lessa foi transferido.
Arte/g1
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