A influenciadora digital Fabiana Justus, de 38 anos, compartilhou uma atualização sobre seu estado de saúde após ter passado por um transplante de medula óssea em março de 2024. O procedimento foi necessário devido ao diagnóstico de leucemia mieloide aguda.
Durante o processo de recuperação, Fabiana enfrentou uma complicação conhecida como GVHD (doença do enxerto contra o hospedeiro), condição que ocorre quando as células doadas atacam o organismo do receptor. Em relato feito nas redes sociais, a empresária explicou que, mesmo com alta compatibilidade entre doador e receptor, essa reação ainda pode acontecer. “Eu fiquei com GVHD, e é assim: a medula ataca algumas partes do corpo do receptor da medula, que entra no corpo, e não reconhece aonde ela está. Isso por mais compatível que [a medula] seja”, explicou nos stories do Instagram.
Como Fabiana Justus atualizou seu estado de saúde?

Para controlar o quadro, ela precisou iniciar um tratamento com corticoides em doses elevadas, o que provocou diversos efeitos colaterais. “Uma forma de controlar é tomando corticoide […] Só que são doses altas e quando tomado em doses altas, o corpo sente de várias maneiras”, comentou.
A influenciadora também contou que precisou adotar mudanças importantes em seu estilo de vida para auxiliar na recuperação. Entre as principais alterações estão a adoção de uma dieta cetogênica, que prioriza o consumo de gorduras e reduz carboidratos, e a inclusão de exercícios físicos regulares em sua rotina.
Apesar dos desafios, Fabiana garantiu que está reagindo bem ao tratamento. “O mais importante é que estou bem e o GVHD está controlado”, finalizou, tranquilizando seus seguidores.
Como a dieta e o exercício podem ajudar?
Para lidar com os efeitos colaterais do tratamento e promover a recuperação, Fabiana Justus adotou mudanças importantes em sua dieta e rotina de exercícios. A dieta cetogênica, que reduz a ingestão de carboidratos e aumenta o consumo de gorduras saudáveis, foi uma das estratégias adotadas para ajudar a controlar os sintomas e melhorar sua saúde geral.
Além disso, a prática regular de exercícios físicos tornou-se uma parte essencial de sua rotina. A atividade física não apenas ajuda a manter o corpo forte e saudável, mas também pode melhorar o bem-estar mental, algo crucial durante o processo de recuperação de um transplante de medula óssea.
Quais são as perspectivas para pacientes de transplante de medula?
Embora o caminho após um transplante de medula óssea possa ser desafiador, muitos pacientes, como Fabiana Justus, conseguem superar as dificuldades e retomar suas vidas com normalidade. O apoio médico contínuo, aliado a um estilo de vida saudável, desempenha um papel fundamental na recuperação e no controle de complicações como a GVHD.
Fabiana tranquilizou seus seguidores ao afirmar que, apesar das dificuldades, está bem e que a GVHD está sob controle. Sua história é um exemplo de resiliência e determinação, inspirando muitos que enfrentam desafios semelhantes.
Taxas de Sobrevida:
- Autólogo vs. Alogênico: Em geral, o transplante alogênico (com doador) costuma ter menor chance de recidiva da doença, mas o autólogo (com as próprias células do paciente) apresenta menor mortalidade devido à menor complexidade do procedimento e à ausência de doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH).
- Doenças específicas:
- Leucemia Mieloide Aguda (LMA): A sobrevida global para TMO autólogo varia de 45% a 55%. Em alguns estudos, o TMO em LMA pode ter um impacto positivo na remissão da doença.
- Cânceres de sangue (leucemia e linfoma): As taxas de sobrevivência aumentaram significativamente, de praticamente zero para mais de 90% em alguns casos, devido aos avanços na técnica.
- Mortalidade geral: A mortalidade em um ano após a admissão em UTI de pacientes transplantados pode variar entre 56,7% e 66-70%, dependendo da coorte e das condições do paciente (por exemplo, disfunções orgânicas). No entanto, houve melhora na sobrevida ao longo do tempo.
Complicações e Cuidados Pós-Transplante:
O período pós-transplante é delicado e exige muitos cuidados, especialmente nos primeiros 100 dias, quando o risco de complicações é maior.
- Complicações imediatas (primeiros 100 dias):
- Infecções (devido à baixa imunidade).
- Náuseas e vômitos.
- Feridas na boca (mucosite).
- Fadiga.
- Baixos níveis de células sanguíneas (anemia, leucopenia, trombocitopenia), causando sangramentos e infecções.
- Diarreia.
- Doença do enxerto contra o hospedeiro (DECH) aguda: ocorre quando as células do doador atacam o corpo do paciente, causando inflamação na pele, trato gastrointestinal e fígado.
Qualidade de Vida:
Apesar dos desafios, muitos pacientes conseguem retomar uma vida “normal”, com responsabilidade e adaptações. É fundamental seguir rigorosamente as orientações médicas, que incluem:
- Higiene: Reforçar a higiene pessoal e bucal.
- Medicamentos: Tomar os medicamentos prescritos, especialmente os imunossupressores, para prevenir a DECH e infecções.
- Alimentação: Seguir uma dieta específica, evitando alimentos crus ou malpassados.
- Exposição: Evitar aglomerações, contato com pessoas doentes, animais, plantas, piscinas, lagos e praias, especialmente no primeiro ano. Uso de máscaras é recomendado.
- Sol: Proteger a pele do sol devido à maior sensibilidade.
- Atividade física: Manter-se ativo, mas evitar movimentos bruscos e atividades de risco.
- Acompanhamento médico: Consultas regulares para monitoramento e manejo de complicações.
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