Feira internacional deve render mais de R$ 87,6 mi em negócios para fruticultores apoiados pelo Sebrae

A 2ª edição da Fruit Attraction São Paulo – Feira Internacional de Frutas e Verduras trouxe resultados expressivos para os participantes apoiados pelo Sebrae. “Parece que a gente estava em um negócio que era meio etéreo, um desejo, um sonho. Participar da feira e das rodadas de negócio que o Sebrae promoveu abriu a oportunidade para gente, tornou isso concreto”, conta uma das diretoras da Cooperativa de Agricultura Sustentável (CooperAnnona), Milena Miziara.

A feira, realizada de 24 a 26 de março, na capital paulista, aproximou produtores de pequeno porte e da agricultura familiar de potenciais compradores, nacionais e internacionais. O Sebrae levou 48 produtores de oito estados brasileiros ao evento, além de ter promovido rodadas de negócios com 15 empresas participantes, entre cooperativas e associações. Segundo o analista de competitividade do Sebrae Victor Ferreira, o balanço pós-evento é bastante positivo.

Eles realizaram mais de R$ 22 milhões em vendas durante as rodadas de negócios com 42 compradores internacionais. Por meio do Juntos pelo Agro, vamos escalar o atendimento e aumentar o número de pequenos negócios rurais preparados para acessar as oportunidades do mercado internacional.

Victor Ferreira, analista de competitividade do Sebrae.

Nos próximos 12 meses, a estimativa é que as vendas oriundas dos contatos realizados na Fruit Attraction cheguem a R$ 87,6 milhões. Cada R$ 1 investido pelo Sebrae no evento gerou aproximadamente R$ 37,90 em negócios. Entre os produtos mais negociados, estão a uva, o morango, o açaí, a castanha de baru e frutas desidratadas.

Foto: Divulgação.

Oportunidade para entender o mercado externo

Para a diretora da CooperAnnona, a participação na feira abriu os caminhos para entender melhor o mercado externo. “A gente queria testar mercado, queria testar o interesse e, na feira, a gente pôde ver que tem muito interesse, muita demanda e muita oportunidade de negócios. Então, vamos investir agora para que estejamos preparados para exportar essas frutas desidratadas”, avalia.

A meta da CooperAnnona é ampliar não só a exportação, mas a inclusão de outros produtos, como as frutas frescas. “A gente tem uma tarefa de casa para embalar as nossas frutas e conseguir exportar as frutas in natura também, não só as polpas e as frutas desidratadas”, revela.

Morangos com Indicação Geográfica agregam valor na produção brasileira. Foto: Adriano Oltramari.

Fruticultura brasileira

Segundo a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), em 2024, as exportações de frutas ultrapassaram um milhão de toneladas, com faturamento de U$S 1,38 bilhão, um incremento de mais de 2% frente ao ano anterior. Destaque para os embarques de mangas, melões, limas, limões, uva, mamão e melancia.

Ainda assim, a fruticultura brasileira tem somente 4% de participação nas vendas globais e o Brasil ocupa o posto de 23º exportador mundial de frutas. O mercado internacional cada vez mais exige selos certificadores de produção orgânica e sustentável, com desmatamento zero, além da adequação de embalagens e uma gestão logística e financeira eficiente.

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