Advogadas de empresário aguardam decisão da Secretaria da Administração Penitenciária. Elas alegaram questões de segurança. Réu foi condenado por ter matado ator Rafael Miguel e pais dele por não aceitar namoro da filha. Crime foi em 2019 em São Paulo. Paulo Cupertino está preso atualmente no CDP 2 de Guarulhos
Reprodução/TJ-SP/Google Maps
A defesa de Paulo Cupertino quer que o empresário condenado a 98 anos de prisão por matar o namorado e os sogros da filha seja transferido do Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Guarulhos, na Grande São Paulo, para a Penitenciária de Tremembé, no interior do estado.
Segundo o g1 apurou, as advogadas do empresário pediram a mudança à direção do CDP de Guarulhos sob a alegação de que a Penitenciária de Tremembé é mais segura para seu cliente. A decisão sobre a transferência deverá ser tomada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP). A pasta não comentou o assunto até a última atualização desta reportagem.
Tremembé é conhecida por receber presos envolvidos em casos de repercussão na imprensa, como é o caso que envolve Cupertino. Em maio, ele foi julgado e condenado pelos assassinatos do ator Rafael Miguel e os pais do ator em 2019 na capital paulista. As vítimas foram mortas com 12 tiros.
O réu negou ter matado o artista e o casal Mirian e João Miguel. Disse que quem cometeu o crime foi outra pessoa não identificada (veja abaixo vídeo do julgamento).
Cupertino nega ter matado Rafael; veja trechos do interrogatório
Mas, segundo Isabela e Vanessa Tibcherani, respectivamente filha e ex-esposa do réu, ele assassinou as vítimas por não concordar com o namoro da filha com o artista. Além disso, câmeras de segurança gravaram parte do crime, mostrando uma das vítimas caindo após ser baleada e Cupertino fugindo em seguida. Ele ficou quase três anos foragido até ser capturado e preso pela polícia em 2022.
O Ministério Público (MP) o acusou por triplo homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e recurso que impossibilitou as defesas das vítimas.
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Em junho, a defesa de Cupertino entrou com um pedido na Justiça para pedir a anulação do júri que o condenou. As advogadas alegaram naquela ocasião que o juiz da primeira instância havia negado diversos pedidos para a realização de exames periciais, prejudicando os trabalhos da defesa. Além disso, defendiam que os jurados condenaram o réu sem provas de que ele tenha cometido os crimes.
Caso ele não seja aceito, as advogadas Mirian Souza, Juliane Oliveira e Camila Motta solicitam uma revisão do tempo total da pena, para que ela seja reduzida. Pela lei, uma pessoa pode ficar presa por um mesmo crime por 40 anos. Dos 98 anos de condenação, Cupertino deverá cumprir apenas 27 a partir da sentença e poderá ser solto em 2052.
Procuradas, as advogadas não quiseram comentar o assunto.
Rafael Miguel e os pais dele, João e Miriam, que foram mortos por Paulo Cupertino
Reprodução
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