Nova lei muda regras do cartão para todos os CPFs do país

O crédito rotativo, modalidade bastante utilizada no Brasil, passou por mudanças expressivas a partir de 2024, impactando diretamente o cotidiano de milhões de consumidores. Essas alterações foram motivadas pela necessidade de oferecer maior proteção ao usuário de cartão de crédito e criar um ambiente financeiro mais equilibrado. A partir dessas novas regras, o acesso ao crédito e a forma como as dívidas são administradas ganharam novos contornos.

O governo federal, atento ao aumento do endividamento das famílias, sancionou normas que estabelecem limites para os juros do crédito rotativo e facilitam a portabilidade de dívidas entre instituições financeiras. Com isso, o objetivo é tornar o sistema mais transparente e menos oneroso para quem depende do cartão de crédito, reduzindo o risco de superendividamento e promovendo práticas mais justas no mercado.

O que é crédito rotativo e por que ele é importante?

O crédito rotativo é acionado quando o titular do cartão de crédito não realiza o pagamento integral da fatura até a data de vencimento. Nesse caso, o valor não quitado é financiado automaticamente, gerando a cobrança de juros e encargos. Por ser uma das linhas de crédito com taxas mais elevadas do país, o crédito rotativo pode rapidamente transformar pequenas dívidas em grandes compromissos financeiros.

Com a popularização dos cartões de crédito, o uso do crédito rotativo tornou-se comum, especialmente em situações de aperto financeiro. No entanto, a falta de controle sobre os juros cobrados levou muitos consumidores a enfrentarem dificuldades para quitar suas dívidas, tornando urgente a adoção de medidas regulatórias.

Cortando cartão de crédito - Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha
Cortando cartão de crédito – Créditos: depositphotos.com / AntonMatyukha

Quais são as novas regras para o crédito rotativo em 2025?

Desde o início de 2024, a legislação, Lei 14.690/23, passou a limitar o valor total que pode ser cobrado em juros e encargos sobre o crédito rotativo. Agora, o montante devido não pode ultrapassar o dobro do valor original da dívida. Por exemplo, se um consumidor deixa de pagar R$ 150 da fatura, o total a ser cobrado, incluindo juros, não poderá exceder R$ 300.

  • Limite de juros: Os bancos e operadoras de cartão não podem cobrar mais do que 100% do valor da dívida inicial.
  • Transparência: As instituições financeiras devem informar de forma clara as condições e os custos do crédito rotativo.
  • Portabilidade: O consumidor pode transferir o saldo devedor para outra instituição que ofereça melhores condições, sem custos adicionais.

Essas mudanças visam proteger o consumidor e estimular a concorrência entre as instituições, criando um ambiente mais saudável para o uso do crédito.

Como a portabilidade de dívidas influencia o mercado de cartões?

A portabilidade de dívidas, implementada em julho de 2024, permite que o consumidor transfira o saldo devedor do cartão de crédito para outra instituição financeira sem pagar taxas extras. Esse mecanismo incentiva a busca por condições mais vantajosas, como taxas de juros menores ou prazos de pagamento diferenciados.

Ao facilitar a migração de dívidas, a portabilidade estimula bancos e financeiras a oferecerem propostas mais competitivas para atrair e reter clientes. Para o consumidor, isso representa uma oportunidade de economizar e reorganizar as finanças, evitando a permanência em contratos desfavoráveis.

Cartão de crédito - Créditos: depositphotos.com / AlexLipa
Cartão de crédito – Créditos: depositphotos.com / AlexLipa

Quais são os impactos das novas regras para o consumidor?

Com a limitação dos juros e a possibilidade de portabilidade, o consumidor brasileiro passa a ter mais controle sobre suas dívidas e maior poder de negociação. As mudanças também contribuem para a redução do superendividamento, já que o valor total a ser pago deixa de crescer de forma desproporcional.

  1. Menor risco de dívidas impagáveis.
  2. Mais opções para negociar condições de pagamento.
  3. Transparência nas informações sobre custos e encargos.
  4. Estímulo à educação financeira e ao uso consciente do crédito.

Essas transformações refletem um esforço conjunto para tornar o mercado de cartões de crédito mais acessível e seguro, beneficiando tanto consumidores quanto instituições financeiras. O acompanhamento dessas mudanças é fundamental para quem deseja manter a saúde financeira em dia e aproveitar as vantagens do crédito de forma responsável.

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