Nos últimos anos, as empresas nos Estados Unidos enfrentaram desafios significativos para preencher vagas de trabalho, uma situação agravada pelas políticas de imigração do governo. A administração Trump, com sua ênfase em deportações e controle de fronteiras, gerou incertezas sobre o futuro dos programas de imigração legal, dos quais muitas empresas dependem.
O presidente Trump prometeu uma grande operação de deportação, o que gerou receio entre os trabalhadores imigrantes. Esse clima de incerteza afetou diretamente a capacidade das empresas de contratar e manter funcionários, especialmente em setores que tradicionalmente dependem de mão de obra estrangeira.
Por que a imigração é um tema crítico para as empresas?
As empresas nos EUA estão enfrentando uma escassez de mão de obra sem precedentes. De acordo com a American Business Immigration Coalition (ABIC), existem cerca de 1,7 milhão de empregos não preenchidos no país. A falta de trabalhadores qualificados está pressionando os empregadores e contribuindo para o aumento da inflação.
Os setores de agricultura, saúde e hotelaria são particularmente afetados. A agricultura, por exemplo, depende fortemente de trabalhadores migrantes, que representam 73% da força de trabalho nesse setor. Sem uma política de imigração clara e eficaz, a capacidade desses setores de operar de forma eficiente está em risco.

Como as políticas migratórias afetam países e pessoas?
A incerteza em torno das políticas de imigração tem levado a consequências econômicas e sociais significativas. Em alguns estados, a escassez de mão de obra resultou na flexibilização das restrições ao trabalho infantil. Ohio, por exemplo, reduziu a idade mínima para servir bebidas alcoólicas, enquanto Iowa permite que menores realizem trabalhos antes considerados perigosos.
Além disso, a falta de trabalhadores estrangeiros está afetando a produção agrícola, tornando os EUA um importador líquido de alimentos. Isso não só ameaça a segurança alimentar do país, mas também representa um problema de segurança nacional.
O que as empresas estão fazendo diante da escassez de mão de obra?
Empresários e líderes de diversos setores estão se mobilizando para pressionar o governo a adotar uma política de imigração mais sensata. A ABIC, por exemplo, está fazendo lobby em Washington para promover reformas que facilitem a imigração legal e regularizem a situação dos imigrantes sem documentos.
Manolo Betancur, um empresário de origem colombiana, é um exemplo de como os imigrantes podem contribuir para a economia dos EUA. Ele transformou uma pequena padaria em um negócio próspero, empregando dezenas de pessoas. Betancur e outros empresários acreditam que, em vez de deportações, o país precisa de uma reforma imigratória que reconheça e valorize a contribuição dos imigrantes.
O que esperar do futuro da imigração nos Estados Unidos?
O futuro das políticas de imigração nos EUA permanece incerto. Embora o governo Trump tenha se distanciado do Projeto 2025, que propõe restrições aos programas de vistos temporários, as preocupações sobre a continuidade desses programas persistem. Sem uma abordagem clara e coordenada, a escassez de mão de obra pode se agravar, afetando ainda mais a economia.
Estudos indicam que comunidades com maior população imigrante tendem a ter taxas de criminalidade mais baixas, desafiando a narrativa de que os imigrantes são uma ameaça à segurança. Reconhecer a importância dos imigrantes para a economia e a sociedade americana é crucial para desenvolver políticas que beneficiem tanto os trabalhadores quanto os empregadores.
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