
Ferramentas de detecção apontam que conteúdo foi manipulado. Ibama diz que serpente não é desproporcional em relação mata e à largura do rio; veja passo a passo da checagem É #FAKE vídeo que mostra sucuri desproporcional ao rio no Amazonas
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Circula nas redes sociais um vídeo, com imagens aéreas, de uma cobra na superfície de um rio. A legenda diz que se trata de uma “sucuri gigante” avistada no rio Amazonas. É #FAKE.
selo fake
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🛑 O que diz a publicação falsa?
Um perfil que se apresenta como noticioso publicou no X, em 13 de maio de 2025, o vídeo de 15 segundos, no qual sobrevoa a região de helicóptero. A legenda diz: “Veja: Homem avista suposta ‘sucuri gigante’ enquanto sobrevoa o Rio Amazonas”. A publicação obteve 4,4 milhões de visualizações até 19 de maio.
⚠️ Como foi feita a checagem?
O Fato ou Fake submeteu o vídeo à ferramenta de detecção Hive Moderation, que apontou 99,9% de probabilidade de o conteudo ter sido gerado com uso de inteligência artificial.
O Fato ou Fake submeteu o vídeo à ferramenta de detecção Hive Moderation, que apontou 99,9% de probabilidade de o vídeo ter sido gerado com uso de inteligência artificial.
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Esse vídeo é similar ao verificado pelo Fato ou Fake em 12 de maio de 2025, com o título: É #FAKE vídeo aéreo que mostra sucuri gigantesca em rio da Amazônia.
Assim como naquela checagem, o Fato ou Fake mostrou o novo vídeo ainda à assessoria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que repetiu que a serpente em questão não corresponde à realidade, devido à desproporção do animal em relação à vegetação e à largura do rio.
“Há sucuris na Amazônia que são bem grandes, com até 9 metros de extensão. Entretanto, se a imagem em questão fosse verídica, em termos proporcionais, esse animal chegaria a 25 metros, o que não existe na natureza. Provavelmente, foi gerado por Inteligência Artificial (IA). Portanto, é fake”, diz o e-mail enviado pelo órgão.
O Fato ou Fake também usou a plataforma InVid para fragmentar o vídeo em diversos frames (imagens estáticas). Depois, foi feita uma busca reversa com essas “fotos” em plataformas como o Google Lens, que apontam a origem de conteúdos na internet.
A pesquisa levou a centenas de publicações em redes sociais, com versões diferentes sobre quando e onde teria ocorrido avistamento da sucuri. No entanto, não há registros em fontes confiáveis que confirmem sua autenticidade – nem dados como local, data e testemunhas. Além disso, não existem ângulos diferentes desse mesmo evento ou detalhes que permitam confrontar as alegações com registros públicos.
É #FAKE vídeo que mostra sucuri desproporcional ao rio no Amazonas
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