Criança faz compra inusitada de 70 mil pirulitos pelo celular da mãe e caso acende alerta

Nos últimos anos, o acesso das crianças à tecnologia tem gerado situações inesperadas para muitos pais. Um caso recente ocorreu com Holly LaFavers, residente do Kentucky, nos Estados Unidos, que se viu em uma situação complicada quando seu filho de 8 anos, Liam, fez uma compra significativa de pirulitos pela internet usando o celular da mãe. O valor da compra ultrapassou R$ 23 mil, causando um grande susto na família.

O incidente ocorreu quando Liam, ao brincar com o celular da mãe, decidiu encomendar uma grande quantidade de pirulitos para uma festa que planejava realizar no quintal de casa. A surpresa veio quando Holly começou a receber caixas e mais caixas de doces, totalizando cerca de 70 mil pirulitos. A situação rapidamente se tornou um pesadelo logístico e financeiro para a família.

Como o caso foi resolvido após a ação da criança?

Ao perceber o erro, Holly entrou em desespero e correu para tentar impedir a entrega. “Fiquei em pânico”, contou ela. No entanto, não foi rápido o suficiente: sua varanda logo ficou tomada por 22 caixas recheadas com cerca de 70 mil pirulitos.

Diante daquela montanha de doces, ela teve que deixar o pânico de lado e agir. Conseguiu recuperar algumas caixas ainda nos correios, mas teve o pedido de reembolso negado. Sem saber mais o que fazer, recorreu às redes sociais para pedir ajuda.

A resposta foi surpreendente. Em poucas horas, amigos, parentes e até desconhecidos se uniram para ajudá-la. De acordo com seu relato a um programa de TV, diversas pessoas e estabelecimentos – incluindo bancos, consultórios e até um quiroprático – compraram parte da enorme quantidade de doces.

No fim, a loja responsável pela venda reconsiderou e fez o estorno total do valor pago, encerrando a situação com um desfecho doce e feliz.

Quais lições podem ser aprendidas?

Este incidente serve como um alerta sobre o acesso das crianças à tecnologia e a necessidade de supervisão parental. O caso de Liam não é isolado; muitas crianças têm acesso a dispositivos conectados à internet, o que pode levar a compras não autorizadas. Um estudo do Pew Research Center em 2020 revelou que 36% dos pais com filhos menores de 12 anos relataram que seus filhos já interagiram com assistentes de voz, como Siri ou Alexa.

Portanto, é crucial que os pais eduquem seus filhos sobre responsabilidade digital e estabeleçam controles adequados para evitar situações semelhantes. Isso inclui a implementação de senhas, restrições de compras e discussões sobre o uso responsável da tecnologia.

Como proteger as crianças no mundo digital?

Criança faz compra inusitada de 70 mil pirulitos pelo celular da mãe e caso acende alerta
Liam e Holly – Foto: holly.lafavers/Facebook

Proteger as crianças no ambiente digital envolve uma combinação de educação e tecnologia. Aqui estão algumas dicas para os pais:

1. Diálogo aberto e educação:

  • Converse regularmente: Mantenha conversas abertas e honestas sobre os riscos e benefícios da internet. Explique sobre cyberbullying, predadores online, golpes e a importância de não compartilhar informações pessoais com estranhos.
  • Ensine sobre privacidade: Explique o que são informações pessoais (nome, endereço, idade, fotos, senhas) e por que é importante mantê-las privadas.
  • Oriente sobre interações online: Ensine seus filhos a serem educados e respeitosos online, assim como seriam no mundo real. Explique que nem tudo que veem na internet é verdade e que algumas pessoas podem não ser quem dizem ser.
  • Incentive o pensamento crítico: Ajude-os a questionar o que veem online e a verificar informações em fontes confiáveis.

2. Ferramentas e configurações de segurança:

  • Controles parentais: Utilize softwares e aplicativos de controle parental disponíveis em dispositivos, sistemas operacionais e navegadores. Eles permitem filtrar conteúdo inadequado, bloquear sites perigosos, definir limites de tempo de uso e monitorar atividades online. Alguns exemplos populares incluem Google Family Link, Qustodio e Norton Family.
  • Configurações de privacidade: Revise e ajuste as configurações de privacidade em redes sociais, jogos online e outros aplicativos para limitar quem pode ver as informações e interagir com seus filhos.
  • Busca segura: Utilize mecanismos de busca com filtro de conteúdo infantil ativado, como o Google Kids ou DuckDuckGo Kids.
  • Redes Wi-Fi seguras: Em casa, utilize senhas fortes para proteger sua rede Wi-Fi e evite conectar-se a redes públicas desconhecidas.

3. Monitoramento e supervisão:

  • Esteja atento: Observe o comportamento online de seus filhos, os sites e aplicativos que usam e com quem interagem. Esteja aberto a conversas caso eles se sintam desconfortáveis com alguma situação.
  • Conheça as plataformas: Familiarize-se com os aplicativos e jogos que seus filhos utilizam para entender seus recursos e possíveis riscos.
  • Estabeleça regras claras: Defina regras sobre o tempo de tela, os sites e aplicativos permitidos e as informações que podem ser compartilhadas. Seja consistente na aplicação dessas regras.

4. Exemplo dos pais:

  • Seja um bom modelo: Mostre hábitos digitais saudáveis, como respeitar a privacidade dos outros e usar a internet de forma equilibrada.

Essas medidas podem ajudar a prevenir compras não autorizadas e garantir que as crianças usem a tecnologia de forma segura e responsável.

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