O governo brasileiro anunciou recentemente uma ampliação significativa do programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida“, introduzindo uma nova faixa de renda que promete beneficiar famílias com rendimentos mensais entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Esta iniciativa, conhecida como “Faixa 4“, visa oferecer condições de financiamento mais acessíveis, com taxas de juros abaixo das praticadas atualmente no mercado, para imóveis de até R$ 500 mil.
Com a introdução da Faixa 4, o governo espera atender inicialmente cerca de 120 mil novas famílias. O financiamento pode ser estendido por até 420 meses, ou 35 anos, com uma taxa de juros anual de 10%, o que representa uma redução em relação às taxas de mercado que superam 11,5% ao ano. Importante destacar que, nesta faixa, não há subsídio governamental, ou seja, as famílias são responsáveis pelo pagamento integral do valor do imóvel.
Quais são as mudanças nas faixas de renda do programa?
Além da criação da Faixa 4, o Conselho do FGTS aprovou ajustes nos limites de renda das faixas já existentes do programa “Minha Casa, Minha Vida”. As alterações visam aumentar o número de famílias elegíveis e, consequentemente, ampliar o alcance do programa. A Faixa 1 agora contempla famílias com renda de até R$ 2.850 mensais, enquanto a Faixa 2 abrange rendas de até R$ 4,7 mil mensais. Já a Faixa 3 foi ajustada para incluir famílias com rendimentos de até R$ 8,6 mil mensais.
Essas mudanças devem beneficiar aproximadamente 100 mil famílias, segundo o Ministério das Cidades. É importante ressaltar que as faixas de renda não consideram benefícios como auxílio-doença, auxílio-acidente, seguro-desemprego, Benefício de Prestação Continuada (BPC) e Bolsa Família. Para aqueles que recebem BPC e Bolsa Família, o imóvel é totalmente subsidiado pelo governo, sem necessidade de pagamento de prestações.
Veja o esquema:
Para áreas urbanas, as faixas de renda são agora:
- Faixa 1: Renda familiar bruta mensal de até R$ 2.850,00 (anteriormente era até R$ 2.640,00).
- Faixa 2: Renda familiar bruta mensal de R$ 2.850,01 a R$ 4.700,00 (anteriormente era de R$ 2.640,01 a R$ 4.400,00).
- Faixa 3: Renda familiar bruta mensal de R$ 4.700,01 a R$ 8.600,00 (anteriormente era de R$ 4.400,01 a R$ 8.000,00).
- Faixa 4: Renda familiar bruta mensal de R$ 8.600,01 até R$ 12.000,00 (esta é a nova faixa criada para atender a classe média).
Para áreas rurais, as faixas de renda anual bruta familiar são:
- Faixa 1: Até R$ 40.000,00 (anteriormente era até R$ 31.680,00).
- Faixa 2: De R$ 40.000,01 até R$ 66.000,00 (anteriormente era de R$ 31.680,01 até R$ 52.800,00).
- Faixa 3: De R$ 66.000,01 até R$ 120.000,00 (anteriormente era de R$ 52.800,01 até R$ 96.000,00).
- Faixa 4: Até R$ 150.000,00 (esta é a nova faixa para a classe média rural).
URGENTE
O “Minha Casa Minha Vida” foi AMPLIADO para famílias com renda até 12 MIL reais.
MORADIA ACESSÍVEL
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— Lindbergh Farias (@lindberghfarias) April 4, 2025
Como as novas regras impactam o interior do país?
O Conselho do FGTS também aprovou ajustes para o financiamento de imóveis em municípios com até 100 mil habitantes, visando incentivar o desenvolvimento habitacional nessas áreas. O valor máximo dos imóveis financiáveis nesses locais foi aumentado para entre R$ 210 mil e R$ 230 mil, representando um incremento de 11% a 16% em relação aos valores anteriores.
Além disso, as novas regras permitem que famílias com renda de até R$ 4,7 mil, atualmente nas faixas 1 e 2, possam adquirir imóveis com o teto de financiamento da Faixa 3, que é de R$ 350 mil. No entanto, essas famílias estarão sujeitas às condições de financiamento da Faixa 3, que incluem juros entre 7,66% e 8,16% ao ano, sem acesso a descontos.
Quais são os benefícios do Minha Casa Minha Vida?
A expansão do “Minha Casa, Minha Vida” é vista como uma oportunidade para dinamizar o setor habitacional no Brasil, especialmente em áreas menos desenvolvidas. Ao facilitar o acesso ao financiamento para uma faixa mais ampla da população, o governo espera estimular a construção civil, gerar empregos e contribuir para a redução do déficit habitacional no país.

Para as Famílias:
- Ampliação do acesso à moradia: A principal mudança é a inclusão de uma nova faixa de renda (Faixa 4) para famílias com renda mensal bruta entre R$ 8 mil e R$ 12 mil. Isso permite que um número maior de brasileiros realize o sonho da casa própria.
- Melhores condições de financiamento para a classe média: A Faixa 4 oferece taxas de juros de aproximadamente 10,5% ao ano e prazos de pagamento de até 420 meses (35 anos), além de um limite de financiamento de até R$ 500 mil para imóveis novos e usados.
- Aumento do teto para famílias de baixa renda: As faixas de renda para os grupos de menor renda (Faixas 1 e 2) foram atualizadas, permitindo que mais famílias se enquadrem e se beneficiem de maiores subsídios e condições facilitadas. A Faixa 1, por exemplo, agora abrange famílias com renda de até R$ 2.850.
- Possibilidade de financiar imóveis de maior valor para algumas faixas: Famílias nas Faixas 1 e 2 podem financiar imóveis com o teto da Faixa 3 (R$ 350 mil), embora com as condições desta faixa (juros mais altos e sem subsídios).
- Condições específicas para áreas rurais: O programa continua a contemplar famílias em áreas rurais com faixas de renda e benefícios adaptados à realidade dessas regiões.
- Uso do FGTS: Será permitido o uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a operação de crédito, inclusive para a nova Faixa 4.
- Financiamento de imóveis usados: A nova Faixa 4 permite o financiamento de imóveis usados, o que pode ampliar as opções para as famílias.
Para a Economia:
- Incentivo à construção civil: A expectativa é que as novas regras impulsionem o setor da construção civil, gerando empregos e renda.
- Redução do déficit habitacional: Ao facilitar o acesso à moradia, o programa contribui para a diminuição do déficit habitacional no país.
- Desenvolvimento das áreas rurais: As condições específicas para a zona rural podem impulsionar o desenvolvimento dessas regiões.
Além disso, ao ajustar os limites de renda e os valores máximos dos imóveis, o programa se torna mais inclusivo, permitindo que mais famílias realizem o sonho da casa própria. Com essas medidas, o governo busca não apenas atender à demanda por moradia, mas também promover um desenvolvimento urbano mais equilibrado e sustentável.
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