Doença de Datena tem “sintomas perigosos e podem passar despercebidos”, alertam especialistas

O comunicador José Luiz Datena já tornou público que é portador de diabetes tipo 2. Em função da condição, o apresentador mantém uma alimentação controlada e relata sentir-se indisposto ao ingerir pratos com temperos mais fortes ou diferentes do habitual.

Durante sua apresentação do Brasil Urgente em 2022, na TV Band, Datena abordou o tema da diabetes, comentando sobre como a doença influencia diretamente sua rotina alimentar. Na ocasião, ele também destacou que a enfermidade atinge uma parcela significativa da população.

Como a doença de Datena pode afetar a saúde?

O diabetes tipo 2, condição que afeta Datena, é uma doença metabólica que ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina ou quando o pâncreas não produz insulina suficiente. A insulina é um hormônio essencial que ajuda a glicose a entrar nas células para ser usada como energia. Quando há um problema com a insulina, a glicose se acumula no sangue, resultando em hiperglicemia.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, mais de 13 milhões de brasileiros vivem com essa condição, representando cerca de 6,9% da população. A maioria dos casos de diabetes no Brasil é do tipo 2, o que destaca a necessidade de conscientização e educação sobre a doença.

Doença de Datena tem “sintomas perigosos e podem passar despercebidos”, alertam especialistas
Datena – Foto: SBT

Com o tempo, a hiperglicemia (nível elevado de açúcar no sangue) pode causar danos em vários órgãos e sistemas do corpo. Algumas das principais complicações incluem:

  • Doenças cardiovasculares: A diabetes aumenta significativamente o risco de doenças cardíacas, como infarto e angina, acidente vascular cerebral (AVC) e problemas de circulação sanguínea, como a doença arterial periférica.
  • Neuropatia diabética: Níveis elevados de glicose podem danificar os nervos do corpo, causando sintomas como formigamento, dormência, dor e perda de sensibilidade, principalmente nos pés e mãos. Isso pode levar a complicações graves, como úlceras nos pés e amputações.
  • Nefropatia diabética: Os rins podem ser danificados pela diabetes, levando à doença renal crônica e, em casos mais graves, à necessidade de diálise ou transplante renal.
  • Retinopatia diabética: A diabetes pode afetar os vasos sanguíneos da retina, a parte do olho responsável pela visão, podendo causar desde problemas leves de visão até a cegueira.
  • Problemas de pele: Pessoas com diabetes são mais propensas a infecções de pele, ressecamento e outras condições dermatológicas. A cicatrização de feridas também pode ser mais lenta.
  • Problemas bucais: A diabetes aumenta o risco de gengivite e outras infecções na boca.
  • Problemas de audição: Estudos mostram uma maior incidência de perda auditiva em pessoas com diabetes.
  • Apneia do sono: A apneia obstrutiva do sono é mais comum em pessoas com diabetes tipo 2, frequentemente associada à obesidade, que é um fator de risco para ambas as condições.
  • Complicações na gravidez: A diabetes gestacional ou a diabetes preexistente mal controlada podem trazer riscos tanto para a mãe quanto para o bebê.
  • Problemas de saúde mental: Pessoas com diabetes têm maior risco de desenvolver depressão e ansiedade.

Quais são os sintomas do diabetes tipo 2?

Os sintomas do diabetes tipo 2 podem variar de pessoa para pessoa e, em muitos casos, a doença pode se desenvolver lentamente, de modo que os sintomas podem ser leves ou até mesmo ausentes por um longo período. No entanto, alguns dos sintomas mais comuns incluem:

  • Sede excessiva (polidipsia): Sentir muita sede, mesmo após beber líquidos.
  • Micção frequente (poliúria): Urinar com mais frequência do que o normal, especialmente à noite.
  • Fome excessiva (polifagia): Sentir muita fome, mesmo após as refeições.
  • Cansaço e fadiga: Sentir-se mais cansado e com menos energia do que o habitual.
  • Visão embaçada: Dificuldade em focar a visão.
  • Formigamento ou dormência nas mãos e pés (parestesia): Sensação de agulhadas ou dormência nas extremidades.
  • Infecções frequentes: Ter infecções na pele, bexiga ou outros locais com mais frequência e dificuldade de cicatrização.
  • Feridas que demoram a cicatrizar: Cortes e feridas levam mais tempo para sarar.
  • Perda de peso inexplicável: Perder peso sem tentar.
  • Boca seca: Sensação constante de secura na boca.

Esses sintomas podem passar despercebidos até que a doença esteja em um estágio mais avançado, o que torna o monitoramento regular da saúde ainda mais importante.

Como controlar o diabetes tipo 2?

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Embora a doença que afeta Datena não tenha cura, ele pode ser controlado eficazmente com mudanças no estilo de vida e, em alguns casos, medicação. As estratégias de gestão incluem:

estratégias:

1. Alimentação Saudável:

  • Priorize alimentos com baixo índice glicêmico: Isso significa optar por carboidratos complexos (grãos integrais, legumes, frutas com casca) em vez de carboidratos refinados e açúcares (pães brancos, massas brancas, doces, bebidas açucaradas).
  • Aumente a ingestão de fibras: Frutas, verduras, legumes e grãos integrais ajudam a controlar os níveis de açúcar no sangue e promovem a saciedade. A recomendação é de pelo menos 25g de fibras por dia.
  • Controle as porções: Mesmo os alimentos saudáveis podem elevar a glicemia se consumidos em grandes quantidades.
  • Escolha proteínas magras: Peixes, frango sem pele, leguminosas e tofu são boas opções.
  • Modere o consumo de gorduras: Priorize as gorduras insaturadas (azeite, abacate, oleaginosas) e limite as saturadas e trans (presentes em alimentos processados e frituras).
  • Evite bebidas açucaradas: Refrigerantes, sucos industrializados e outras bebidas com açúcar elevam rapidamente a glicemia.
  • Consulte um nutricionista: Um profissional pode te ajudar a criar um plano alimentar individualizado e adequado às suas necessidades.

2. Atividade Física Regular:

  • Exercícios aeróbicos: Caminhada, corrida, natação e bicicleta ajudam a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar o peso. A recomendação geral é de pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.
  • Exercícios de resistência: Musculação e outras atividades com peso ajudam a aumentar a massa muscular, o que também contribui para o controle da glicemia.
  • Consulte um profissional de educação física: Ele pode te orientar sobre os melhores tipos de exercícios e a intensidade adequada para você.
  • Monitore a glicemia antes, durante e após o exercício: Isso ajuda a entender como a atividade física afeta seus níveis de açúcar no sangue e a prevenir hipoglicemia.

3. Medicamentos:

  • Medicamentos orais: Existem diversas classes de medicamentos que ajudam a reduzir a glicemia de diferentes formas, como aumentar a produção de insulina, melhorar a sensibilidade à insulina ou diminuir a absorção de glicose. Alguns exemplos comuns incluem metformina, sulfonilureias e inibidores da DPP-4.
  • Insulina: Em alguns casos, pode ser necessário o uso de insulina injetável para controlar os níveis de glicose.
  • Agonistas do GLP-1 e inibidores de SGLT2: Estas são classes mais recentes de medicamentos que, além de controlar a glicemia, podem trazer benefícios adicionais, como perda de peso e proteção cardiovascular.
  • Siga as orientações médicas: É fundamental tomar os medicamentos prescritos pelo seu médico nos horários e doses corretas. Não interrompa o tratamento por conta própria.

4. Monitoramento da Glicemia:

  • Glicemia capilar: Medir o açúcar no sangue em casa com um glicosímetro é importante para acompanhar o controle e ajustar o tratamento, se necessário. A frequência das medições varia de acordo com o plano de tratamento.
  • Hemoglobina glicada (A1c): Este exame de sangue, realizado geralmente a cada três meses, mostra a média dos níveis de glicose nos últimos 2 a 3 meses e é um importante indicador de controle a longo prazo.

Com um controle adequado, é possível viver uma vida saudável e evitar complicações associadas ao diabetes tipo 2.

A experiência de José Luiz Datena com o diabetes tipo 2 destaca a importância de uma gestão cuidadosa da doença. Ao adotar um estilo de vida saudável e seguir as orientações médicas, é possível controlar a condição e manter uma boa qualidade de vida. A conscientização sobre os sintomas e o tratamento do diabetes tipo 2 é essencial para ajudar aqueles que vivem com a doença a gerenciá-la de forma eficaz.

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