O julgamento criminal de Sean “Diddy” Combs, um dos magnatas mais controversos da música, começou a ganhar forma com a seleção do júri nesta segunda-feira (5/5). Combs enfrenta acusações graves, incluindo conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. Desde sua prisão em setembro de 2024, ele se declarou inocente de todas as acusações. O caso tem atraído grande atenção da mídia e do público, devido à notoriedade do réu e à gravidade das alegações.
Combs está detido no Centro de Detenção Metropolitano no Brooklyn, aguardando o desenrolar do julgamento. As acusações contra ele incluem coerção de mulheres para praticar atos sexuais, muitas vezes sob a influência de drogas, em eventos conhecidos como “Freak Offs”. Além disso, há alegações de que ele gravou esses atos e usou promessas de oportunidades de carreira e ameaças para controlar suas vítimas.
Quais são as acusações contra Diddy?

As acusações contra Sean Combs são complexas e abrangem uma série de crimes graves. Em setembro de 2024, ele foi indiciado por conspiração para extorsão, tráfico sexual e transporte para prostituição. Em abril de 2025, os promotores adicionaram novas acusações de tráfico sexual e transporte para prostituição. Combs se declarou inocente de todas as acusações, que, se comprovadas, podem resultar em prisão perpétua.
Acusações Criminais:
- Tráfico Sexual: Em setembro de 2024, Diddy foi indiciado por tráfico sexual, conspiração para tráfico sexual e transporte interestadual com o propósito de prostituição. A acusação alega que ele liderou um esquema por anos para recrutar, drogar e coagir mulheres para se envolverem em atos sexuais com ele e outros, incluindo “orgias” conhecidas como “Freak Offs”.
- Crime Organizado (Racketeering Conspiracy): A acusação também alega que Diddy operava uma organização criminosa que se envolvia em tráfico sexual, trabalho forçado, sequestro, incêndio criminoso, suborno e obstrução da justiça.
Ações Civis (alegações em processos judiciais):
Várias ações civis foram movidas contra Diddy, detalhando alegações de má conduta sexual que remontam a 1990 até datas recentes. Algumas das alegações incluem:
- Estupro: Múltiplas alegações de estupro foram feitas por diferentes indivíduos, incluindo sua ex-namorada Cassie Ventura.
- Agressão Física: Acusações de agressão física severa, espancamentos e violência doméstica foram feitas, inclusive por Cassie.
- Tráfico Sexual: Cassie Ventura alegou ter sido traficada por Diddy durante o relacionamento deles.
- Administração de Drogas: Alegações de que Diddy drogava as vítimas sem o consentimento delas para facilitar agressões sexuais e para mantê-las sob seu controle.
- Assédio Sexual: Várias alegações de assédio sexual, incluindo toques indesejados e conduta sexual inapropriada.
- Abuso Sexual de Menores: Em outubro de 2024, surgiram alegações de agressão sexual a um menino de 10 anos e a um adolescente de 17 anos.
- Coação e Intimidação: Acusações de que Diddy usava seu poder e influência na indústria musical para coagir e intimidar as vítimas a permanecerem em silêncio e a se submeterem a seus desejos.
Os promotores alegam que Combs forçou pelo menos três mulheres a participar de atos sexuais, algumas vezes com prostitutos masculinos, durante os eventos “Freak Offs”. As vítimas teriam sido drogadas e obrigadas a participar desses atos por dias. Além disso, Combs teria gravado alguns desses encontros e mantido controle sobre as vítimas através de promessas de benefícios financeiros e ameaças de violência.
Quem está envolvido no julgamento?
O julgamento de Combs está sendo conduzido pelo juiz Arun Subramanian, que assumiu o caso após ser nomeado pelo presidente Joe Biden em 2022. Subramanian tem uma carreira notável, tendo trabalhado como litigante civil e assistente jurídico da juíza da Suprema Corte Ruth Bader Ginsburg. O caso também envolve uma equipe de advogados de defesa de destaque, incluindo Marc Agnifilo e Teny Geragos, além de Brian Steel, conhecido por representar o rapper Young Thug.
Do lado da acusação, a Procuradoria dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York está liderando o caso, com uma equipe de promotoras assistentes experientes. As testemunhas incluem quatro vítimas identificadas nos processos judiciais, das quais algumas optaram por testemunhar sob pseudônimos para proteger suas identidades.
Como acompanhar o julgamento de Diddy?
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O julgamento de Sean Combs não será transmitido pela televisão, conforme as regras do tribunal federal. As imagens de dentro do tribunal serão limitadas a desenhos de artistas forenses. No entanto, a cobertura jornalística será extensa, com repórteres presentes dentro e fora do tribunal, fornecendo atualizações em plataformas digitais e lineares.
O julgamento está previsto para durar várias semanas, com as declarações iniciais programadas para 12 de maio de 2025. A atenção do público e da mídia deve permanecer alta, dado o perfil do réu e a seriedade das acusações. Este caso representa um momento crítico na carreira de Combs e pode ter implicações significativas para sua vida pessoal e profissional.
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