O décimo terceiro salário é um benefício aguardado por milhões de brasileiros, que o utilizam para cobrir despesas sazonais, quitar dívidas ou investir em projetos pessoais. Em 2025, cerca de 93 milhões de pessoas, incluindo aposentados, pensionistas do INSS e trabalhadores com carteira assinada, devem receber esse abono, movimentando aproximadamente R$ 330 bilhões na economia do país. Este montante representa cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e destaca a importância do décimo terceiro como um motor de consumo, especialmente em períodos estratégicos como o início do ano e as festas de fim de ano.
A antecipação dos pagamentos para segurados do INSS, uma prática consolidada desde 2020, adiciona ainda mais expectativa ao cenário econômico. Enquanto isso, o setor privado segue um cronograma fixo, garantindo previsibilidade para os empregados. O impacto do décimo terceiro vai além do bolso dos beneficiários, influenciando diretamente o comércio, os serviços e até a arrecadação tributária.
Como funciona a antecipação do décimo terceiro para o INSS?

A antecipação do décimo terceiro para segurados do INSS tornou-se uma prática comum desde 2020, inicialmente como uma medida emergencial para mitigar os efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Em 2024, os pagamentos começaram em 24 de abril para a primeira parcela e se estenderam até 7 de junho para a segunda, beneficiando 33,6 milhões de pessoas com um total de R$ 67,6 bilhões. Para 2025, a expectativa é que o governo mantenha o padrão, com depósitos previstos entre abril e junho, embora a confirmação dependa da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
A decisão de antecipar os pagamentos reflete interesses econômicos e políticos, sendo uma medida popular entre os beneficiários. Em cidades menores, onde os aposentados representam uma parcela significativa da renda local, o impacto é ainda mais pronunciado, aquecendo o comércio e os serviços. Caso a antecipação não ocorra, o calendário tradicional prevê pagamentos em agosto e novembro.
Quais são as regras para trabalhadores do setor privado?
Os trabalhadores com carteira assinada têm um cronograma fixo para o décimo terceiro, estabelecido pela Lei 4.090 de 1962. As empresas devem pagar a primeira parcela até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro, com o valor correspondente a um salário mensal para quem trabalhou o ano inteiro. Para aqueles com menos de 12 meses de vínculo, o cálculo é proporcional, considerando meses com mais de 15 dias trabalhados como um mês completo.
O cálculo do décimo terceiro no setor privado leva em conta o salário bruto, incluindo adicionais como horas extras e comissões, que são ajustados na segunda parcela com base na média anual. Descontos como INSS e Imposto de Renda, quando aplicáveis, também são aplicados na segunda parcela. Empregados temporários, rurais, avulsos e domésticos também têm direito, desde que atendam ao critério mínimo de 15 dias de vínculo mensal.
Impacto econômico do décimo terceiro
O décimo terceiro é um dos principais impulsionadores da economia brasileira, respondendo por cerca de 3% do PIB. Em 2024, os R$ 320 bilhões liberados pelo INSS e pelo setor privado aqueceram o consumo em momentos estratégicos, como o primeiro semestre e o fim do ano. Para 2025, a projeção é de R$ 330 bilhões, refletindo o aumento do salário mínimo e o crescimento do número de beneficiários.
Em cidades menores, o impacto do INSS é especialmente relevante, sustentando o comércio local e serviços essenciais. No setor privado, o abono de fim de ano impulsiona as vendas de Natal, beneficiando varejistas e prestadores de serviços. A antecipação do INSS, se confirmada, pode aliviar a pressão financeira no início do ano, período marcado por gastos com impostos e matrículas escolares.
Desafios e perspectivas para 2025
A antecipação do décimo terceiro do INSS enfrenta obstáculos significativos. A votação da Lei Orçamentária Anual, adiada de dezembro de 2024 para março de 2025, pode atrasar a confirmação das datas. Sem a LOA, o governo fica limitado em autorizar desembolsos de grande porte, como os R$ 68 bilhões estimados para o abono. A situação fiscal, marcada por debates sobre cortes de gastos e aumento de receitas, também influencia a decisão.
O cenário para o décimo terceiro em 2025 é otimista, mas cercado de desafios. A antecipação do INSS depende de fatores como a aprovação do Orçamento e a situação fiscal, enquanto o setor privado enfrenta pressões para cumprir os prazos em um contexto de recuperação econômica. O aumento do salário mínimo para R$ 1.518 eleva o valor do benefício, beneficiando especialmente os trabalhadores e aposentados de menor renda.
Perguntas frequentes (FAQ)
- Quem tem direito ao décimo terceiro salário? Todos os trabalhadores com carteira assinada, além de aposentados e pensionistas do INSS.
- Quando é pago o décimo terceiro para trabalhadores do setor privado? A primeira parcela deve ser paga até 30 de novembro e a segunda até 20 de dezembro.
- Como funciona a antecipação do décimo terceiro do INSS? Os pagamentos são antecipados, geralmente entre abril e junho, sujeitos à aprovação do Orçamento Anual.
- O décimo terceiro incide sobre quais valores? No setor privado, incide sobre o salário bruto, incluindo adicionais como horas extras.
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