O conclave que definirá o novo líder da Igreja Católica está marcado para começar na próxima quarta-feira (7/5). Esse evento marca o início da fase final do processo que resultará na eleição do 267º papa. Nesta sexta-feira (2/5), os bombeiros do Vaticano concluíram a instalação da tradicional chaminé, símbolo do anúncio do resultado da votação.
Durante o conclave, a cor da fumaça emitida pela chaminé indica o andamento da escolha: a fumaça preta sinaliza que ainda não houve consenso entre os cardeais, enquanto a fumaça branca revela que um novo papa foi eleito.
Vatican firefighters have installed the iconic chimney atop the Sistine Chapel, a key step ahead of the May 7 conclave to elect Pope Francis’s successor. Black smoke = no pope yet; white smoke = a new pope has been chosen. All eyes on the Vatican! #Conclave2025 pic.twitter.com/dSikPOHFYJ
— EWTN News (@EWTNews) May 2, 2025
Como é composta a Assembleia de Cardeais?
A composição geográfica dos cardeais eleitores oferece uma visão interessante sobre a distribuição de poder dentro da Igreja. A Europa ainda lidera com 53 cardeais, mas as Américas, com 37 representantes, e outras regiões como Ásia, África e Oceania, também têm uma presença significativa. Esta diversidade reflete as mudanças demográficas e a expansão da Igreja em regiões fora do eixo tradicional Europa-América do Norte.
O Papa Francisco, durante seu pontificado, nomeou 108 dos cardeais votantes, promovendo uma maior inclusão de países menos representados. Outros 22 cardeais foram nomeados por Bento XVI, e cinco são veteranos de conclaves anteriores, nomeados por João Paulo II. Esta diversidade não é apenas geográfica, mas também se expressa em termos de idade e filiação religiosa.
A estrutura do Colégio dos Cardeais é dividida em três ordens, embora essa distinção seja principalmente honorífica e não reflita necessariamente o grau de ordenação (bispo, presbítero ou diácono) do cardeal:
- Ordem dos Bispos: Inclui os cardeais aos quais o Papa atribui o título de uma igreja suburbicária de Roma (as seis dioceses mais próximas de Roma) e os patriarcas orientais que são membros do Colégio. O Decano do Colégio dos Cardeais é escolhido entre os cardeais bispos.
- Ordem dos Presbíteros: É a ordem mais numerosa e inclui cardeais que geralmente são arcebispos ou bispos de dioceses importantes ao redor do mundo. Cada cardeal presbítero recebe o título de uma igreja em Roma.
- Ordem dos Diáconos: Inclui cardeais que frequentemente servem em cargos na Cúria Romana. Após dez anos, os cardeais diáconos podem solicitar ao Papa a promoção à ordem dos presbíteros. Eles também recebem o título de uma igreja em Roma.
Quem são os cardeais eleitores?
Entre os cardeais eleitores, a idade varia significativamente. O mais jovem é Mikola Bychok, de 45 anos, um ucraniano que vive na Austrália. Por outro lado, o mais velho é o espanhol Carlos Osoro Sierra, com 79 anos. A maior coorte de cardeais nasceu em 1947, totalizando 13 membros. Além disso, 33 cardeais pertencem a ordens ou congregações religiosas, com os salesianos formando o maior grupo.
Esses cardeais trazem consigo uma vasta gama de experiências e perspectivas, refletindo a complexidade e a riqueza da Igreja Católica contemporânea. As ordens religiosas representadas incluem franciscanos, jesuítas, dominicanos, entre outros, cada uma contribuindo com sua própria tradição espiritual e pastoral.
Quais os próximos passos para o Conclave?

O conclave é um evento cercado de sigilo e tradição. Os cardeais se reúnem na Capela Sistina, em Roma, em um ambiente de isolamento e reflexão. Este processo começa com a Missa Pro Eligendo Papa, celebrada na Basílica de São Pedro, presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re. Esta missa marca o fim do período de luto de nove dias pela morte do Papa Francisco, conhecido como Novendiales.
Durante o conclave, os cardeais participam de votações secretas até que um candidato receba a maioria necessária para ser eleito papa. Este processo pode durar dias, dependendo do consenso entre os eleitores. A expectativa e a esperança permeiam o Vaticano e o mundo católico, enquanto se aguarda o anúncio do novo líder espiritual.
A escolha de um novo papa é um momento de renovação e continuidade para a Igreja Católica. O novo pontífice não apenas liderará a Igreja em questões espirituais, mas também enfrentará desafios contemporâneos, como a secularização crescente e questões sociais globais. A eleição de um papa pode influenciar a direção da Igreja por décadas, moldando sua abordagem em relação a temas como justiça social, ecologia e diálogo inter-religioso.
Assim, o conclave de 2025 não é apenas um evento religioso, mas um acontecimento de relevância global, com implicações que vão além das fronteiras da Igreja Católica. A escolha do novo papa será observada atentamente por milhões de fiéis e por líderes mundiais, ansiosos para ver como a Igreja responderá aos desafios do século XXI.
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