A tensão entre Índia e Paquistão voltou a se intensificar nesta semana após um tiroteio em Pahalgam, na região da Caxemira controlada pela Índia, que resultou na morte de 26 pessoas na última terça-feira (22/4). O incidente trouxe novamente à tona o conflito de longa data entre as duas nações, ambas com arsenais nucleares, e provocou reações diplomáticas significativas e sanções mútuas.
As autoridades indianas responsabilizaram grupos extremistas supostamente apoiados pelo Paquistão pelo ataque, embora não tenham apresentado evidências concretas ou revelado os responsáveis. Em resposta, o governo de Nova Délhi suspendeu um acordo de cooperação hídrica estabelecido nos anos 1960, determinou o fechamento do principal ponto de travessia terrestre entre os países e decidiu reduzir a presença diplomática paquistanesa em solo indiano.
Como o Paquistão reagiu às acusações da Índia?
A Índia interrompeu o fluxo do rio Indus para o Paquistão, violando um tratado de 1960. Os indianos justificaram essa ação como represália ao ataque terrorista na Caxemira. O Paquistão disse que qualquer interferência nos rios da região será visto como uma “declaração de guerra”. pic.twitter.com/bniL5MG5cq
— Hoje no Mundo Militar (@hoje_no) April 24, 2025
O governo indiano, liderado pelo primeiro-ministro Narendra Modi, tomou medidas drásticas em resposta ao ataque. Entre as ações, destacam-se a suspensão de um tratado de compartilhamento de água e o fechamento do principal posto de fronteira terrestre com o Paquistão. Além disso, a Índia reduziu o corpo diplomático paquistanês em seu território, sinalizando uma postura de “tolerância zero com o terrorismo”.
Em resposta às acusações indianas, o governo paquistanês, liderado pelo ministro da Defesa Khawaja Asif, rejeitou veementemente qualquer envolvimento no ataque. Asif afirmou que não há evidências que vinculem o Paquistão ao incidente e sugeriu que “elementos internos da Índia” poderiam ser responsáveis. Em retaliação, o Paquistão suspendeu a emissão de vistos para cidadãos indianos, com exceção dos religiosos sikh, e ordenou a saída dos indianos em território paquistanês.
Além disso, o Paquistão fechou seu espaço aéreo para companhias aéreas indianas e prometeu responder com firmeza a qualquer ameaça à sua soberania. Essas medidas refletem a determinação do Paquistão em proteger seus interesses e manter sua posição diante das pressões internacionais.
O que está em jogo na região da Caxemira?
A Caxemira, uma região montanhosa e disputada, tem sido um ponto de discórdia entre Índia e Paquistão desde 1947, quando ambos os países se tornaram independentes do Reino Unido. A área é dividida entre os dois países, mas ambos reivindicam sua totalidade. A Caxemira tem sido palco de frequentes confrontos e é considerada uma das regiões mais militarizadas do mundo.
O recente ataque em Pahalgam, uma área turística da Caxemira indiana, não só exacerbou as tensões bilaterais, mas também levantou preocupações sobre a possibilidade de um conflito mais amplo. A comunidade internacional observa com apreensão, temendo que a situação possa escalar para um confronto militar direto entre as duas potências nucleares.
Como a comunidade internacional está reagindo?

A comunidade internacional tem expressado preocupação com a escalada de tensões entre Índia e Paquistão. Organizações internacionais e governos de diversos países têm apelado por calma e diálogo entre as partes, visando evitar um conflito armado. A estabilidade na região é crucial não apenas para os dois países, mas também para a segurança global, dada a presença de armas nucleares.
Enquanto isso, diplomatas e mediadores internacionais estão trabalhando nos bastidores para facilitar conversas entre os dois países, na esperança de encontrar uma solução pacífica para a crise. A situação na Caxemira continua a ser um desafio complexo, exigindo esforços diplomáticos contínuos para evitar uma escalada ainda maior.
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