A nova linha de crédito consignado privado emprestou até quarta-feira (23/4) R$ 8 bilhões, em 1,47 milhão de contratos, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A média dos valores contratados por trabalhador foi de R$ 5.502,02, com prestação média de R$ 337,14.
A partir de amanhã os bancos podem oferecer o Crédito do Trabalhador diretamente nos seus aplicativos. O MTE ressalta que os trabalhadores que têm dívida de CDC ou de outro consignado, com prestações a vencer, podem migrar para o crédito do trabalhador, com juros mais baixos que a dívida original.
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São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná são os cinco estados que tem mais contratações. Do total de contratos, R$ 1,4 bilhão são de trabalhadores com renda de um a dois salários mínimos; R$ 2,4 bilhões na faixa de 2 a 4 salários mínimos; R$ 1,7 bilhão de 4 a 8 salários e R$ 2,3 bilhões para quem tem renda superior a 8 salários.
A nova versão do consignado privado é uma das apostas do governo para recuperar a popularidade e administrar a desaceleração da atividade econômica, de modo a evitar que o PIB recue para muito abaixo do seu potencial, mesmo com juros reais elevados.
O consignado privado é uma modalidade de empréstimo em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento do trabalhador. Costuma ter taxas de juros mais baixas do que outras opções de empréstimo, já que o risco de inadimplência é menor.
O Crédito do Trabalhador foi instituído em 13 de março pela MP 1.292/2025, com objetivo de ampliar o acesso ao crédito consignado privado. Com a nova linha, os trabalhadores poderão usar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória na demissão sem justa causa como garantia.
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Atualmente, há mais de 48 milhões de contratos ativos de crédito consignado privado no Brasil. Segundo a Febraban, a expectativa é de que cerca de 20 milhões de trabalhadores contratem o consignado com a nova linha nos próximos quatro anos.