Em um momento delicado de sua saúde, o ex-presidente Jair Bolsonaro enviou uma mensagem significativa a seus aliados no Congresso. A mensagem, enviada antes da cirurgia complexa no domingo (13/4), pedia que os parlamentares refletissem sobre o impacto de suas decisões, especialmente em relação ao Projeto de Lei (PL) da Anistia. Este projeto visa conceder anistia aos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023, um tema que gerou debates acalorados no cenário político brasileiro.
Bolsonaro, que estava prestes a passar por uma cirurgia de 12 horas para tratar de problemas intestinais, destacou a importância das decisões parlamentares e seu impacto duradouro. A referência à “eternidade” na mensagem gerou reações diversas entre os aliados, especialmente entre aqueles que se opõem ao PL da Anistia.
Como foi o processo cirúrgico de Bolsonaro?
– Os médicos explicaram que as primeiras 48 horas após a cirurgia são fundamentais para avaliar nossa recuperação. Esse é o período em que os órgãos que foram manipulados durante o procedimento de mais de 12 horas começam a desinflamar, permitindo observar os primeiros sinais de… pic.twitter.com/w3ZiNg0vMN
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 15, 2025
“Deus ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos. Se, com nossas decisões, pavimentamos a nossa eternidade, esse voto tem um peso capital”, escreveu Bolsonaro.
A cirurgia de Bolsonaro foi descrita como “complexa e delicada” pelos médicos responsáveis. O procedimento visava liberar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. Segundo o médico Cláudio Birolini, as primeiras 48 horas do pós-operatório são críticas para a recuperação do ex-presidente. Durante esse período, é essencial que o intestino descanse e retome suas funções normais antes de qualquer realimentação oral.
“Nós nos demos por satisfeitos e agora temos essa primeira fase do pós-operatório, as primeiras 48 horas são críticas. Depois das 48 horas, a gente entra em outra fase. Não tenham expectativas de uma recuperação rápida”, afirmou Cláudio Birolini.
O cardiologista Leandro Echenique ressaltou que não há previsão de alta da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), indicando que o processo de recuperação será prolongado. Essa situação médica complexa ocorre em um momento político igualmente tenso, com o PL da Anistia sendo um ponto central de discussão.
Qual é a situação atual do PL da Anistia?
O Partido Liberal (PL) tomou medidas para acelerar a votação do PL da Anistia na Câmara dos Deputados. O requerimento de urgência foi protocolado com 262 assinaturas válidas, superando o mínimo necessário de 257. A aprovação desse requerimento em plenário pode agilizar a análise do projeto, tornando a discussão ainda mais urgente.
Sóstenes Cavalcante, líder do PL na Câmara, destacou a pressão do governo para que os apoios ao projeto fossem retirados. Ele enfatizou que a estratégia foi antecipada para garantir que ninguém fosse pego de surpresa, reforçando o apelo por “Anistia Já”.
Quais os próximos passos?

O presidente da Câmara, Hugo Motta, está de férias até 22 de abril, e cabe a ele decidir se o PL da Anistia será pautado para votação em plenário. A decisão de Motta será crucial para o andamento do projeto, que continua a dividir opiniões entre os parlamentares e a sociedade.
Enquanto isso, a mensagem de Bolsonaro e sua situação de saúde continuam a influenciar o debate político, destacando a interseção entre questões pessoais e políticas no cenário brasileiro atual.
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