Alerta! Greve geral na Argentina provoca caos e cancela voos no Brasil

A Argentina enfrenta uma greve geral de 36 horas, que começou na quarta-feira (9/4) e termina na noite desta quinta-feira (10/4), causando significativos transtornos no setor de transporte aéreo. Convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT), a paralisação é uma resposta às políticas econômicas do governo e tem ampla adesão de sindicatos, incluindo aqueles ligados à aviação, afetando diretamente as operações nos aeroportos do país.

As companhias aéreas que operam na Argentina, como LATAM, GOL e Aerolíneas Argentinas, foram obrigadas a cancelar ou reprogramar voos, afetando milhares de passageiros. A greve, que também conta com o apoio de trabalhadores de serviços aeroportuários, tornou inviável a continuidade de muitas operações aéreas, gerando um efeito dominó que se estende a outros países.

Como a greve impacta as companhias aéreas?

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Avião – Créditos: depositphotos.com / rmnunes

A LATAM Airlines anunciou ajustes em seus voos devido à greve, oferecendo aos passageiros a possibilidade de alterar suas reservas sem custos adicionais ou solicitar reembolso total. A empresa aconselha os viajantes a verificarem o status de seus voos através de seu site, já que alterações de horário ou data podem ocorrer.

Por sua vez, a GOL Linhas Aéreas cancelou dezenas de voos com destino ou origem em cidades argentinas. A companhia está em contato com os clientes afetados, oferecendo remarcações sem custo e programando voos extras para minimizar os impactos da paralisação.

A Aerolíneas Argentinas cancelou centenas de voos, tanto domésticos quanto internacionais, impactando milhares de passageiros. A empresa está realocando passageiros em voos fora do período de greve e implementou uma política que permite a remarcação sem custos adicionais dentro de um período específico. Além disso, a companhia está prestando assistência aos passageiros em trânsito, buscando mitigar os transtornos causados pela paralisação.

O que motiva a greve geral na Argentina?

A greve é uma manifestação contra as políticas econômicas do governo, incluindo questões salariais e direitos trabalhistas. Organizada por grandes centrais sindicais, a paralisação também busca defender a indústria nacional e protestar contra a repressão de manifestações. A adesão é ampla, afetando não apenas o transporte aéreo, mas também outros serviços essenciais como trens, metrôs e táxis.

  • Oposição às medidas de austeridade: Os sindicatos e trabalhadores protestam contra os cortes de gastos públicos e o encolhimento do Estado promovidos pelo governo Milei. Eles argumentam que essas medidas prejudicam o emprego público e os serviços essenciais.
  • Preocupações com o emprego privado: Há também oposição às políticas que podem levar à destruição de empregos no setor privado, como a abertura das importações.
  • Salários defasados: Os sindicatos lutam para que os salários dos trabalhadores acompanhem a inflação, que, apesar de ter apresentado uma queda sob o governo Milei, ainda se mantém em patamares elevados. A inflação mensal em fevereiro de 2025 foi de 2,4%. O governo não tem homologado acordos salariais acima de 1% de aumento mensal, enquanto a inflação supera os 2%.
  • Privatização de empresas estatais: Os sindicatos se opõem aos planos do governo de privatizar empresas estatais, como a Aerolíneas Argentinas.
  • Reforma da previdência: Mudanças no sistema previdenciário, como a ampliação da idade mínima para aposentadoria através da Pensão Universal do Idoso (PUAM), também geraram forte oposição.
  • Falta de homologação de acordos salariais: O governo Milei tem sido acusado de não homologar acordos salariais que buscam recompor as perdas inflacionárias. Os sindicatos exigem liberdade de negociação e homologação dos acordos.

Quais os impactos econômicos da paralisação?

Os efeitos da greve são sentidos em várias frentes. Economicamente, as companhias aéreas enfrentam perdas significativas devido aos cancelamentos e reprogramações de voos. Socialmente, a paralisação reflete um descontentamento generalizado com as políticas governamentais, evidenciando a necessidade de diálogo entre o governo e os sindicatos para resolver as questões em disputa.

Em resumo, a greve geral na Argentina destaca a complexidade das relações trabalhistas no país e a importância de negociações eficazes para evitar impactos negativos tanto para a economia quanto para a sociedade como um todo.

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