Nesta terça-feira (8/4), a Comissão de Segurança Pública do Senado aprovou um projeto que pode mudar significativamente o cenário da segurança para advogados no Brasil. A proposta, apresentada pelo senador Flávio Bolsonaro, visa permitir o porte de arma de fogo para advogados em todo o território nacional, com o objetivo de defesa pessoal. Esta iniciativa agora segue para a análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
O projeto estabelece que, embora advogados possam portar armas, existem restrições específicas. Locais como fóruns, tribunais, estabelecimentos prisionais, instituições de ensino, igrejas, estádios desportivos e clubes são algumas das áreas onde o porte será proibido. A medida busca equilibrar a necessidade de segurança dos advogados com a manutenção da ordem pública em espaços sensíveis.
Quais são os requisitos para o Porte de Arma?
Para que um advogado possa portar uma arma, ele deve cumprir uma série de requisitos legais. Além de estar registrado na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), é necessário comprovar a prática efetiva da advocacia. O projeto também exige que o advogado demonstre capacidade técnica e psicológica, além de idoneidade. Esses critérios visam garantir que apenas profissionais qualificados e em exercício ativo possam portar armas.
O Conselho Federal da OAB será responsável por elaborar um regulamento específico que detalhará os procedimentos e exigências adicionais para a concessão do porte de arma. Essa regulamentação é crucial para assegurar que o processo seja conduzido de maneira responsável e segura.
Como o Senado avalia o tema?

O relator do projeto, senador Alessandro Vieira, argumenta que a proposta visa equiparar advogados a juízes e promotores, que já possuem a prerrogativa de portar armas. Ele destaca que, apesar de desempenharem funções distintas, todos esses profissionais são essenciais para a função jurisdicional do Estado. A equiparação é vista como um tratamento isonômico necessário, reconhecendo a importância e os riscos associados ao exercício da advocacia.
“O texto do projeto é extremamente claro. A necessidade fica demonstrada pela comprovação da efetiva atividade como advogado. Então, não é só o registro na OAB propriamente dito – você pode ter o registro e não advogar -; tem que ter a clareza de tudo e os demais requisitos: capacidade técnica, capacidade psicológica, idoneidade, tudo isso vai continuar sendo exigido normalmente”, disse Vieira.
Quais outras propostas aprovadas pela Comissão?
Além do projeto sobre o porte de armas para advogados, a Comissão de Segurança Pública aprovou outras propostas significativas. Uma delas visa agravar as penas para crimes de furto, roubo e receptação. Outra proposta aprovada agrava as penas para crimes cometidos contra motoristas de transporte público, privado ou de aplicativo. Por fim, a comissão também aprovou um projeto que classifica a corrupção ativa e passiva como crimes hediondos.
Essas iniciativas refletem um esforço contínuo para fortalecer a segurança pública e a justiça no Brasil. Cada uma delas segue agora para a análise da Comissão de Constituição e Justiça, onde serão discutidas e, possivelmente, ajustadas antes de uma eventual aprovação final.
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