Copom eleva Selic em 1 ponto, para 14,25% ao ano

Copom eleva Selic

O Comitê de Política Monetária (Copom) elevou, nesta quarta-feira, 18, por unanimidade, a taxa básica de juros, a Selic, em 1 ponto porcentual, que passa dos atuais 13,25% ao ano para 14,25% ao ano, até junho, data da próxima reunião do comitê. A alta veio em linha com a expectativa da maioria de economistas e analistas do mercado financeiro.

Uma nova alta e na proporção que veio era esperada a partir da sinalização dada pelo Banco Central em seu último comunicado após a reunião.  À época, o Comitê indicou que deveria voltar a elevar em 1 ponto devido à preocupação com o cumprimento da meta de  inflação assim como com os riscos fiscais. O Copom justificou a elevação da Selic com a preocupação em relação à continuidade da alta no preço das commodities internacionais em moeda local, e que afetam a inflação doméstica

Entre 2016 e 2020, a taxa Selic experimentou uma trajetória de queda acentuada. Em 2016, o Brasil enfrentava uma crise econômica severa, com a Selic em patamar elevado de 14,25%, o maior desde 2006. A partir de então, com a inflação sob maior controle e a necessidade de estimular o crescimento econômico, o Banco Central iniciou um ciclo de cortes na taxa de juros, que chegou ao seu menor nível histórico de 2% em 2020.

A partir de 2021, diante da pressão inflacionária causada por fatores como o aumento dos preços de commodities, a desvalorização cambial e os impactos da pandemia, o Banco Central reverteu a trajetória e deu início a um ciclo de alta. Em 2022, a Selic atingiu 13,75%, permanecendo nesse patamar até 2023.

Em 2024, com a inflação ainda persistente e sinais de aquecimento da economia, o Banco Central optou por ajustes graduais. A taxa iniciou o ano em 11,25% e foi elevada progressivamente ao longo dos meses. Agora, a projeção para janeiro de 2025 indica um novo aumento para 14,25%, o maior nível desde 2016. Esse movimento reflete a necessidade de conter a inflação e manter a credibilidade da política monetária.

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