Polícia Civil desmonta esquema de furto de Hilux e SW4 que movimenta milhões de reais

PCDF desmonta esquema de furto. Foto: PCDF/Divulgação.

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) está no centro de uma investigação que busca desmantelar uma organização criminosa especializada no furto de caminhonetes de luxo, como a Toyota Hilux e a SW4. Desde 2022, o grupo tem se modernizado e expandido suas operações, resultando em um prejuízo que já ultrapassa R$ 6 milhões. Este esquema envolve a subtração de pelo menos 44 veículos, com um aumento significativo nos furtos nos primeiros meses de 2024.

Os veículos furtados, com valores de mercado entre R$ 220 mil e R$ 600 mil, são utilizados como moeda de troca no tráfico de drogas. A organização tem conexões diretas com traficantes do Paraguai e da Bolívia, facilitando a troca por cocaína e maconha. Este tráfico, por sua vez, financia facções criminosas, incluindo o Comando Vermelho, que tem forte presença na região.

PCDF/Divulgação.

Como os criminosos operam o furto?

Os métodos utilizados pela organização criminosa são sofisticados e altamente tecnológicos. A rapidez e eficiência das operações são características marcantes, permitindo que os criminosos evitem a detecção pelas autoridades. Entre as técnicas empregadas, destacam-se:

  • Uso de dispositivos que se conectam ao sistema do veículo, permitindo destravar as portas e dar partida no motor sem a chave original.
  • Emprego de bloqueadores de sinal para impedir que alarmes ou rastreadores GPS comuniquem a localização do carro furtado.
  • Adulteração dos chassis dos veículos, dificultando a identificação e facilitando a revenda ilegal.
  • Transporte dos veículos para galpões clandestinos, onde passam por modificações antes de serem levados para a fronteira.

Conexão entre o esquema de furto com o tráfico de drogas

O diferencial desta organização criminosa é sua ligação direta com o tráfico internacional de drogas. Em vez de revender os veículos no Brasil, a organização os utiliza como moeda de troca por entorpecentes. As drogas adquiridas são então distribuídas para outras regiões do país, alimentando o mercado ilegal e fortalecendo facções criminosas.

Francisco Hélio Forte Viana Filho, apontado como líder do grupo, é suspeito de integrar o Comando Vermelho. A investigação da PCDF, que ainda está em andamento, busca apurar a conduta de outros membros da organização e desmantelar completamente a rede criminosa.

Impacto e medidas de combate

O impacto financeiro e social deste esquema é significativo, afetando tanto proprietários de veículos quanto a segurança pública. A PCDF continua seus esforços para desarticular a organização, utilizando inteligência policial e cooperação internacional. Medidas de segurança para proprietários de veículos, como o uso de tecnologias anti-furto e a conscientização sobre os riscos, são essenciais para mitigar o problema.

O combate a este tipo de crime requer uma abordagem multifacetada, envolvendo não apenas a repressão, mas também a prevenção e a educação. A colaboração entre diferentes esferas governamentais e a sociedade civil é crucial para enfrentar este desafio de forma eficaz.

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