Ex-estagiária fez denúncia falsa de assédio sexual contra chefe e acabou condenada

Denúncia de assédio sexual era falsa. Créditos: depositphotos.com / thodonal.

Em um caso que chamou a atenção do Distrito Federal, uma ex-estagiária de uma clínica de estética e emagrecimento em Samambaia Sul foi condenada por denunciação caluniosa. Dyéllita Israel Castro, de 24 anos, acusou seu ex-chefe de assédio sexual, mas a investigação concluiu que suas alegações não tinham fundamento. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) decidiu por uma pena de dois anos de prisão em regime aberto, além de multa, que foi substituída por medidas restritivas de direitos.

A investigação foi conduzida pela 26ª Delegacia de Polícia em Samambaia Norte, onde se apurou que a jovem tinha, na verdade, a intenção de se relacionar amorosamente com o empregador. Prints de conversas e depoimentos de testemunhas foram fundamentais para a conclusão do caso, que revelou um cenário bem diferente do inicialmente apresentado pela acusadora.

Como a investigação concluiu que a denúncia era falsa?

Durante o processo investigativo, depoimentos contraditórios e evidências digitais desempenharam um papel crucial. A jovem, que se apresentava nas redes sociais como especialista em harmonização orofacial, alegou ter sido forçada a manter contato físico com o chefe para preservar seu estágio. No entanto, testemunhas relataram que ela insistia em ser readmitida após pedir demissão e ameaçava o ex-chefe com acusações de assédio caso não fosse recontratada.

O empregador, por sua vez, afirmou que a relação com Dyéllita sempre foi estritamente profissional e que ela nunca esteve em sua residência. Funcionárias da clínica corroboraram essa versão, afirmando nunca terem presenciado qualquer comportamento inadequado por parte do chefe. Além disso, as conversas obtidas pela polícia mostraram que a ex-estagiária fazia ligações frequentes ao ex-chefe, tentando reatar o vínculo profissional.

Condenação da ex-estagiária por calúnia

A condenação de Dyéllita por denunciação caluniosa teve implicações significativas. O TJDFT destacou que o crime ocorre quando alguém provoca a abertura de uma investigação contra uma pessoa sabidamente inocente. No caso em questão, os desembargadores concluíram que a acusação foi motivada por vingança pela não recontratação, sem qualquer prova concreta de assédio.

O caso gerou repercussão, não apenas pela gravidade das acusações, mas também pelo impacto na vida do ex-empregador, que foi submetido a uma investigação injusta. A decisão judicial reforça a importância de se apurar minuciosamente as denúncias de assédio, garantindo que acusações infundadas não prejudiquem inocentes.

Falsa acusação é crime

Este episódio destaca a complexidade das acusações de assédio sexual e a necessidade de uma investigação cuidadosa e imparcial. É fundamental que as denúncias sejam tratadas com seriedade, mas também que sejam baseadas em evidências concretas para evitar injustiças. O caso de Dyéllita Israel Castro serve como um lembrete da responsabilidade que vem com a apresentação de tais acusações e da importância de se buscar a verdade acima de tudo.

Em um contexto mais amplo, a situação ressalta a necessidade de políticas claras e eficazes nas organizações para lidar com alegações de assédio, protegendo tanto as vítimas quanto os acusados injustamente. A confiança no sistema de justiça depende da capacidade de distinguir entre acusações legítimas e aquelas que são motivadas por razões pessoais ou vingança.

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