Vistoria do TCE encontra ‘falhas graves e potenciais riscos’ na estrutura da ponte entre Palmas e Luzimangues


Fiscalização ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro. Ageto tem 15 dias para apresentar plano de ação para resolver pontos abordados na vistoria. Fiscal avaliou condição da ponte entre Palmas e Luzimangues
Divulgação/TCE
Uma vistoria técnica realizada na estrutura da ponte Governador José Wilson Siqueira Campos, que liga Palmas ao distrito de Luzimangues, que pertence a Porto Nacional, identificou uma série de problemas que podem comprometer a segurança da estrutura. As ‘falhas graves’ reveladas pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCETO) estão na pavimentação, iluminação e sinalização da extensão da ponte, além do aterro, e são consideradas como ‘potenciais riscos’ à segurança da rodovia TO-080.
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A fiscalização na estrutura ocorreu entre os dias 27 de janeiro e 7 de fevereiro de 2025. O resultado do que foi apurado pela equipe da Coordenadoria de Análise de Atos, Contratos e Fiscalização de Obras e Serviços de Engenharia (CAENG) foi divulgado nesta segunda-feira (24).
O órgão recomendou que a Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) tome medidas emergenciais para sanar os problemas e apresente plano de ação em até 15 dias. O g1 pediu posicionamento sobre o resultado da vistoria à Ageto e ao Governo do Estado, e aguarda resposta.
Asfalto tem buracos, fissuras e afundamentos, segundo o TCE
Divulgação/TCE
Conforme o TCE, os fiscais constataram problemas estruturais e de manutenção na ponte e no aterro que incluem a infraestrutura; a pavimentação e sinalização; o sistema de contenção e passeio para pedestres; a iluminação e segurança; e o suporte e fundações. Confira as falhas apontadas no relatório produzido com os resultados da fiscalização:
Rachaduras e buracos no pavimento;
Remendos mal executados e falhas na drenagem da ponte;
Guarda-corpos e muretas de proteção estão danificados;
Pavimento deteriorado, com buracos, fissuras e afundamentos – indica problemas de qualidade na execução da obra e deficiência na drenagem;
Sinalização horizontal está desgastada;
Defensas metálicas (guard-rails) amassadas e desalinhadas;
Passeio para pedestres está obstruído por vegetação e sujeira;
Postes enferrujados, luminárias quebradas e fios expostos;
Talude do aterro, que dá sustentação à ponte, apresenta erosão e a presença de vegetação nas áreas de drenagem;
Há lixo acumulado e faltam inspeções adequadas nas fundações da ponte.
Por meio do CAENG, o TCE recomendou que a Ageto dê andamento a ações para resolver as condições da ponte, como o recapeamento do asfalto, revitalização da sinalização, substitua os itens de segurança que estão danificados, como os guarda-corpos e postes de sustentação.
Também deverão ser feitas a melhoria no sistema de drenagem, com limpeza e desobstrução das saídas pluviais; substituição das lâmpadas queimadas e a proteção dos fios expostos; e inspeções detalhadas e reparos nas fundações e gabiões.
A conselheira do TCE, Doris de Miranda Coutinho, titular da Quinta Relatoria, deu um prazo de 15 dias para que a Ageto apresente um plano de ação e cronograma para realizar as ações que vçao garantir a segurança na estrutrura e no tráfego na rodovia. A pasta também deverá apresentar documentos relacionados à manutenção da via.
Para a conselheira, é preciso que sejam destinados recursos orçamentários para serem usados na preservação e conservação do patrimônio rodoviário, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) “A situação da Ponte Siqueira Campos reflete um problema mais amplo de manutenção da infraestrutura rodoviária no Estado, que necessita de investimentos contínuos para garantir a segurança e a mobilidade da população”, conforme destacou em trecho da decisão.
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Em outubro de 2024, o Governo do Estado anunciou que a estrutura será duplicada. O projeto prevê a duplicação do trecho da TO-080 até Paraíso do Tocantins, incluindo a ponte entre Palmas e Luzimangues. O trecho total tem pelo menos 50 km e custará cerca de R$ 250 milhões, sendo R$ 98 milhões somente para a ponte, conforme o governo informou na época.
Mato alto e sujeira também foram apontados por fiscais do TCE
Divulgação/TCE
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