Fábrica chinesa fecha no Brasil após não conseguir vender carros!

O mercado automotivo brasileiro testemunhou a saída de mais uma marca estrangeira. A Seres, montadora chinesa que desembarcou no Brasil em 2023, encerrou suas atividades no país após um desempenho comercial abaixo do esperado. Com apenas oito veículos vendidos em 2024, a empresa não conseguiu se estabelecer de forma sólida no mercado nacional.

A decisão de encerrar as operações foi acompanhada pela desativação do site oficial e dos canais de comunicação da marca. Além disso, os perfis da Seres nas redes sociais deixaram de ser atualizados, sinalizando o fim de suas atividades no Brasil. O único registro ativo da empresa é o centro de distribuição de peças localizado em Itupeva, São Paulo.

Por que a Seres não conseguiu se firmar no Brasil?

A Seres enfrentou diversos desafios que contribuíram para sua saída do mercado brasileiro. Inicialmente, a empresa apostou em um modelo de vendas exclusivamente online, inspirado na estratégia da Tesla nos Estados Unidos. No entanto, essa abordagem não se mostrou eficaz no contexto brasileiro, levando a empresa a reconsiderar sua estratégia e abrir duas lojas físicas em São Paulo e no Rio de Janeiro, que também foram fechadas posteriormente.

Outro fator que impactou negativamente foi a disponibilidade limitada de veículos. A alta demanda pelos modelos da Seres na China reduziu a quantidade de unidades disponíveis para exportação, incluindo para o Brasil. Além disso, atrasos na homologação dos veículos também dificultaram a operação da empresa no país.

Fábrica chinesa fecha no Brasil após não conseguir vender carros!
Carro da Seres – Créditos: Drive Seres

Quais modelos a Seres oferecia no Brasil?

A Seres comercializava dois modelos de SUVs elétricos no Brasil: o Seres 3 e o Seres 5. O Seres 3 era um SUV compacto com motor elétrico de 164 cv e autonomia de 206 km. O modelo era oferecido com a opção de blindagem, em parceria com a empresa Armor. Já o Seres 5, um SUV médio, possuía dois motores elétricos que juntos entregavam 585 cv e uma autonomia de até 530 km, dependendo da capacidade da bateria escolhida.

Apesar das especificações atraentes, os modelos não conseguiram atrair um número significativo de compradores. A falta de uma rede de concessionárias bem estabelecida e a ausência de garantias para os veículos vendidos em leilão também contribuíram para a baixa adesão do público.

O futuro da mobilidade elétrica no Brasil

A saída da Seres do mercado brasileiro levanta questões sobre o futuro da mobilidade elétrica no país. Embora o Brasil tenha potencial para se tornar um mercado promissor para veículos elétricos, desafios como infraestrutura de recarga, políticas de incentivo e aceitação do consumidor ainda precisam ser superados.

Outras montadoras continuam a investir no mercado brasileiro, buscando adaptar suas estratégias às necessidades locais. A experiência da Seres serve como um alerta para novas marcas que desejam entrar no país, destacando a importância de uma abordagem bem planejada e adaptada ao contexto local.

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